PUBLICIDADE

Maria Montessori

Thaís Freitas | 18/10/2024 21:38
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

“Ajuda-me a crescer, mas deixe-me ser eu mesmo” 

Maria Montessori foi a primeira mulher a se formar médica na Itália e a segunda, na Europa em 1896. Se especializou em psiquiatria e por dois anos desenvolveu um projeto inédito que lhe rendeu reconhecimento com destaque para a alfabetização e potencialização de habilidades em um grupo de crianças então desacreditadas, com deficiência física e mental, da Clínica Psiquiátrica da Universidade de Roma que se consagraram em exames com as mesmas notas de crianças das demais escolas públicas.

Sua vida pessoal e profissional sofre um reverso quando durante um romance com o renomado professor de psiquiatra, Giuseppe Montesano, houve uma gravidez. Para evitar escândalo, seu filho é registrado apenas com o nome do pai, perde a guarda do filho e teve que abandonar a carreira de medicina. Mesmo assim continuou a manter contato próximo ao filho desde pequeno inclusive com incentivo em sua formação. Mais tarde Mario também segue a carreira na psiquiatria.

Este triste acontecimento, infelizmente comum para uma mãe solteira daquela sociedade à época, a direcionou a revolucionar a pedagogia. Seu método enfatiza o aprendizado individualizado contemplando a independência e autossuficiência da criança. O ambiente de aula foi recriado com móveis ergonomicamente adaptados à altura das crianças, com objetos domésticos que remetem às atividades da vida na prática para o exercício da psicomotricidade e material didático lúdicos que causavam interesse aos alunos.

Seu trabalho não teve barreiras, apresentou sua obra pelo mundo, teve seus livros traduzidos em vários idiomas e foi homenageada em vários países. Deixou a Itália definitivamente com seu único filho para viver na Holanda fugindo do fascismo de Mussolini e em 1952 faleceu.

mais notícias
PUBLICIDADE