FRANCISCUS

Nesta segunda-feira 21 de abril, dia seguinte a sua tão aguardada participação após um longo período de intercorrências de saúde na cerimônia de Páscoa no Vaticano, o mundo amanheceu com a triste notícia da passagem de Jorge Mario Bergoglio aos 88 anos.

O Papa argentino Francisco, como escolheu ao ser nomeado assim como o Santo símbolo da humildade, foi o primeiro líder da igreja católica latino americano e expressou seu período marcado pela simplicidade e acessibilidade comparado aos seus vários antecessores, com a imagem mais austeras e inatingíveis.

Com a sua morte, veio à tona seu testamento que enfatiza o seu desejo de se manter fiel à sua humildade e simplicidade até em seu último ritual. O Papa Francisco escolheu como seu último repouso a Basílica da Santa Maria Maior, uma das basílicas papais extra muro do Vaticano.  Lugar de paz e aconchego frequentado há muitas décadas por Francisco principalmente em busca de proteção e inspiração para suas viagens em missão pelo mundo.

A Basílica da Santa Maria Maior nasceu de um sonho do Papa Libério no dia 5 de agosto de 358 em que a Mãe de Jesus pediu que lhe construíssem uma igreja em um local que nevasse e na manhã seguinte nevou no monte Esquilino em pleno verão romano, o milagre da neve. É a primeira igreja do mundo em homenagem à Virgem Maria e possui as relíquias da Sacra Cula que são resquícios da madeira da manjedoura, Paniculum que é a manta e a palha que cobriram do Menino Jesus.

 Na Basílica foram sepultados sete papas e o último foi Papa Clemente IX em 1669 e neste sábado, dia 26 de abril, será atendida o testamento do Papa Francisco datado em junho de 2022:

'Peço que meu túmulo seja preparado no nicho da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da Basílica de Santa Maria Maggiore. O túmulo deve ser enterrado; simples, sem decoração especial e com a única inscrição: Franciscus'.