As mudanças climáticas indicam as variações do clima em escala global, que aponta para a crise climática
Ondas de calor cada vez mais frequentes, eventos extremos mais intensos e diversos outros pontos de desequilíbrio são reflexo das mudanças climáticas, provocadas pela ação do homem com o aumento de emissão de gases de efeito estufa, desmatamentos, poluição e outras ações a nível global que agridem o planeta. As consequências da crise climática, que é uma realidade, são muitas --e impactam não apenas o meio ambiente, mas a sociedade como um todo.
O que são mudanças climáticas?
As mudanças climáticas, conforme descrito pela Organização das Nações Unidas (ONU), são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima.
Essas mudanças podem ser naturais, mas, desde 1800, o maior impulsionador das alterações climáticas têm sido as atividades humanas. O principal fator de impacto é a queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo, que geram emissões de efeito estufa. E o efeito estufa, por sua vez, retêm o calor do sol e aumenta a temperatura na Terra.
Causas das mudanças climáticas
As causas em torno das mudanças climáticas são múltiplas. A Revolução Industrial, que aconteceu em meados do século 18, é um marco temporal desses fatores.
Na fase ‘pré-industrial, a ação humana tinha pouco impacto estrutural nas mudanças climáticas. Mas, com a era das indústrias, o aumento de emissão de gases de efeito estufa passou a ser significativo e as mudanças climáticas passaram a ser, principalmente, provocadas pela ação do homem.
Confira alguma das causas das mudanças climáticas:
Geração de energia pela queima de combustíveis fósseis. Apesar de existirem formas mais sustentáveis de geração de energia, a maior parte da eletricidade ainda é gerada pela queima de carvão, petróleo ou gás. Segundo registros da ONU, apenas um quarto da eletricidade do planeta é gerada por recursos renováveis como vento e sol.
Uso do solo e desmatamento. No Brasil, o principal fator de emissões é o de mudanças de uso da terra e da floresta, onde está inserido o desmatamento, alinhado à agropecuária. As informações são da base de dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que reúne registros sobre emissão de gases no país desde 1990.
Fabricação e consumo. Assim como os combustíveis fósseis são utilizados para geração de energia, eles também são usados para a fabricação de produtos – desde cimento, eletrônicos, plástico, roupas e outros produtos. Em paralelo às atividades de indústrias, as produções de novos itens seguem em ritmo cada vez mais intenso devido aos hábitos de consumo por parte da população.
Diferença entre mudanças climáticas e aquecimento global
Mudanças climáticas e o aquecimento global, em si, não são a mesma coisa, por mais que estejam interligados.
As mudanças climáticas são uma consequência do aquecimento global. E o aquecimento global, por sua vez, é uma consequência do efeito estufa.
O efeito estufa, a princípio, é um fenômeno natural. Esse efeito diz respeito à camada de gases que envolvem a Terra, na atmosfera. O fenômeno é fundamental para manter o planeta habitável, pois é o que faz com que o calor do Sol seja retido.
Mas, com o excesso de emissões de gases de efeito estufa, essa “camada protetora” fica desequilibrada e retém ainda mais calor. Isso é o que causa a elevação da temperatura média do planeta, causando o aquecimento global e desencadeando as mudanças climáticas.
Principais consequências das mudanças climáticas
As mudanças climáticas geram consequências em inúmeras frentes socioambientais:
Calor. Com as mudanças climáticas, por exemplo, o ano de 2024 foi o mais quente já registrado, com base em conjuntos de dados internacionais, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Além disso, os dez últimos anos estiveram todos entre os mais quentes da história, com temperaturas recordes.
Eventos extremos. Situações como tempestades e enchentes também se tornam mais frequentes e mais intensas com as mudanças climáticas.
Seca. Para além das temperaturas elevadas e dos eventos extremos cada vez mais frequentes, as mudanças climáticas também afetam a disponibilidade da água e aumentam as ocorrências de seca.
Aquecimento do oceano. Com um oceano mais quente, seu volume aumenta, visto que há o derretimento de placas de gelo. A situação, além de afetar o ecossistema marinho, ameaça a vida de comunidades litorâneas.
Riscos à vida. Com os desequilíbrios de ecossistemas, tanto a vida humana, como as outras formas de vida na Terra, são ameaçadas pelas mudanças climáticas. O problema é socioambiental, proporcionando riscos à saúde, prejudicando no abastecimento de alimentos e agravando situações de vulnerabilidade.
Como combater as mudanças climáticas?
A nível global, as principais diretrizes para se combater a crise climática estão reunidas no Acordo de Paris, que tem como objetivo principal a redução das emissões de gases de efeito estufa para estabilizar o aumento da temperatura média global.
Para se cumprir o pacto, as decisões efetivas de adotar medidas de combate e adaptação às mudanças do clima estão concentradas principalmente nas mãos de governos, grandes corporações e organizações globais.
Por parte da população, é possível adotar práticas diárias mais sustentáveis e alinhadas com os compromissos globais. Como economizar energia, reduzir o consumo de combustíveis fósseis e seus derivados e denunciar a autoridades práticas como desmatamentos e queimadas.
Fonte: Redação Terra