Após cinco meses sem vencer, Max Verstappen retornou ao topo do pódio no GP de São Paulo em uma atuação memorável. Saindo da 17ª posição e enfrentando uma chuva intensa, o tricampeão realizou uma impressionante recuperação e ainda aproveitou a sorte de seu rival, Lando Norris, que ficou fora do pódio. Com a vitória, Verstappen ganhou um impulso para a reta final do campeonato, chamando essa corrida de “a melhor de sua carreira”.
Verstappen começou a corrida em uma posição desfavorável, largando em 17º no grid. Mesmo assim, em apenas dez voltas, o piloto holandês já havia entrado na zona de pontuação. No meio do pelotão, superou adversários como Liam Lawson, Oscar Piastri e Charles Leclerc, aproveitando uma bandeira amarela para realizar uma troca estratégica de pneus. Com essa vantagem, Max subiu na classificação e passou a rivalizar diretamente com Esteban Ocon, assumindo a liderança na 43ª volta e mantendo a posição até o final.
As condições de pista no Autódromo de Interlagos não estavam nada favoráveis. A chuva era intensa e constante, criando desafios a cada volta. Mesmo com pneus adequados para a pista molhada, Verstappen descreveu a corrida como “indirigível” em alguns momentos, comparando a sensação de guiar o carro com andar de jet ski. Durante o trajeto, a equipe de Verstappen manteve uma estratégia de paciência e precisão, que foi essencial para o piloto conquistar o primeiro lugar.
As emoções de Verstappen ao final da corrida refletiam a dificuldade enfrentada ao longo das voltas. Após o início da prova, o holandês teve que manobrar de forma precisa e cuidadosa para subir na classificação, aproveitando o momento certo para as ultrapassagens. A corrida foi antecipada em duas horas por conta das previsões climáticas, mas nem isso impediu que os competidores enfrentassem um circuito repleto de desafios. Verstappen relembrou outra corrida lendária, o GP do Brasil de 2016, quando, aos 19 anos, foi de 14º a terceiro, demonstrando a habilidade que marcaria sua trajetória.
Segundo o piloto da RBR, a prova deste domingo superou qualquer expectativa, especialmente pelo contexto de disputa pelo título de 2024. Em 2016, ele ainda não estava na briga pelo campeonato, o que tornou a corrida em Interlagos mais leve. Já agora, com a pressão e o peso de uma disputa direta, a vitória ganha um novo significado, afirmou o tricampeão.
O triunfo de Verstappen no GP de São Paulo encerrou um jejum de vitórias que vinha desde o GP da Espanha, realizado em junho. Durante dez GPs sem conquistar o primeiro lugar, a evolução da McLaren e o bom desempenho de Norris desafiaram o domínio de Verstappen na temporada. A vitória de São Paulo, portanto, não apenas reforça a posição do piloto no campeonato, mas também representa uma reviravolta em um momento crucial para a equipe RBR.
Lando Norris, que vinha diminuindo a diferença de pontos em relação a Verstappen, chegou a reduzir a distância para apenas 57 pontos na etapa anterior, no GP do México. No entanto, no GP de São Paulo, ele terminou apenas na sexta posição, ampliando a distância para 62 pontos entre ele e o piloto holandês. Esse resultado coloca Verstappen em uma posição confortável para garantir o título na próxima etapa.
Com a vitória em São Paulo, Verstappen pode assegurar o título no GP de Las Vegas, marcado para o dia 24 de novembro. Para isso, ele precisa terminar à frente de Norris ou conseguir uma pontuação próxima ao rival, mantendo uma diferença mínima de dois pontos. Essa vitória próxima ao final da temporada é um marco para o piloto da RBR, que busca consolidar sua hegemonia na Fórmula 1.
O GP de Las Vegas, 22ª etapa do campeonato de 2024, promete ser emocionante, com a temporada se encaminhando para o fim com apenas três corridas restantes. Para Verstappen, essa será mais uma oportunidade de mostrar sua habilidade e estratégia em momentos decisivos, enquanto seus fãs e seguidores aguardam mais um capítulo memorável em sua trajetória vitoriosa.