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Especialista explica possíveis complicações no parto natural, como aconteceu com Viih Tube

Istoé | 14/11/2024 01:42
Divulgação
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A influenciadora Viih Tube, 24 anos, deu à luz seu segundo filho, Ravi, na última terça-feira, 12, após 19h de trabalho de parto. Através das redes sociais, ela já vinha compartilhando os planos de realizar parto natural, o que acabou não sendo possível, e ela precisou ser submetida a uma cesárea de emergência.

Um dia após o nascimento do menino, a ex-BBB desabafou com seus seguidores no Instagram sobre as dificuldades do parto e revelou que viveu “coisas perigosas” durante o trabalho de parto, porém sem entrar em detalhes, o que ela garantiu fazer posteriormente.

Procurado pelo site IstoÉ Gente, o médico ginecologista e obstetra *Dr. César Patez, especialista em cirurgia videoendoscópica, conversou sobre intercorrências que podem acontecer durante o parto e os riscos para a mãe e para o bebê.

O especialista explica que são diversos os fatores que levam a um trabalho de parto tão demorado.

“Um trabalho de parto prolongado pode ser causado por diversos fatores, como falha na progressão da dilatação do colo uterino, contrações uterinas ineficazes, ou desproporção cefálica pélvica, quando a cabeça do bebê não consegue se encaixar corretamente na pelve da mãe. Outras intercorrências incluem mal posicionamento do bebê, como apresentação occipito-posterior, ou até mesmo distocia funcional, quando há dificuldade nas contrações uterinas em promover o progresso necessário. Cada caso é único e demanda uma avaliação cuidadosa da equipe médica”, esclarece ele.

Sobre o parto natural, planejado por Viih Tube, o médico alerta que existem desafios físicos e emocionais que a mãe pode enfrentar.

“Entre os físicos estão o controle da dor, a necessidade de boa progressão do trabalho de parto, o cansaço prolongado, e possíveis lacerações perineais. Já os emocionais incluem ansiedade, medo e o impacto de eventuais complicações inesperadas. Além disso, o parto natural requer uma boa condição clínica da mãe e do bebê, e exige acompanhamento contínuo para detectar quaisquer sinais de risco”, descreve o especialista.

A escolha por esse tipo de parto demanda atenção redobrada sobre os riscos, principalmente se for prolongado, como o caso da influenciadora.

“Um trabalho de parto muito prolongado aumenta o risco de infecções tanto para a mãe quanto para o bebê, especialmente após a ruptura da bolsa amniótica. Há também o risco de exaustão materna, hemorragias pós-parto, e desaceleração cardíaca fetal, que pode indicar sofrimento do bebê. Em casos mais graves, pode ocorrer prolapso de cordão ou outras complicações que colocam em risco a vida de ambos”, elenca ele.

O tempo que Viih Tube levou até a equipe que a acompanhava decidir pela cesárea pode ter assustado, afinal não é todo dia que se ouve falar em 19h de trabalho de parto, mas o Dr. César Patez tranquiliza explicando que a decisão ocorre de forma criteriosa.

“A decisão pela cesárea é sempre muito criteriosa e busca equilibrar a tentativa de parto natural com a segurança da mãe e do bebê. Nem sempre a cesárea tardia representa um erro; ela pode ser o resultado de uma avaliação contínua e cuidadosa do quadro clínico. O objetivo é dar à mãe a oportunidade de tentar o parto natural, desde que não existam sinais de risco iminente. Quando essas condições se tornam desfavoráveis, a cesárea é realizada para garantir o melhor desfecho possível”, esclarece ele.

A chegada de Ravi foi difícil, dolorosa e muito cansativa, mas agora estão todos bem. A Viih Tube precisa, nesse momento, de muito cuidado e atenção para se recuperar bem, como alerta o médico.

“Um trabalho de parto prolongado pode influenciar a recuperação da mãe. O cansaço extremo e possíveis intervenções realizadas durante o processo podem exigir mais atenção no pós-parto. No caso da cesárea, o período de recuperação geralmente é mais longo do que no parto normal, incluindo restrições físicas e maior cuidado com a cicatrização da incisão. Já no parto normal, as principais preocupações são possíveis lacerações e a recuperação do assoalho pélvico. Em ambos os casos, é fundamental que a mãe receba acompanhamento médico, apoio emocional e tenha acesso a práticas que promovam seu bem-estar, como a amamentação e repouso adequado”, aconselha ele.

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