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Capoeira é integrada ao currículo escolar de mais de 20 escolas municipais

Assessoria | 30/08/2024 13:01
Divulgação
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Iniciativa enriquece o ensino da cultura afro-brasileira na rede pública municipal de ensino

Aulas de capoeira foram incorporadas ao currículo de 22 escolas da rede pública municipal de ensino. A iniciativa deve ser ampliada para 30 unidades escolares até o final de 2024. O objetivo principal é promover transformações comportamentais e sociais positivas. A prática tem mostrado resultados significativos, como a melhoria no comportamento e na formação das crianças.

A coordenadora de Educação Integral da Semed, Claudiane Pimentel, enfatizou a importância da capoeira não apenas como uma expressão cultural, mas também como uma prática que oferece benefícios para a saúde, autodefesa e autoconhecimento. "A capoeira é um esporte que proporciona um espaço único dentro do currículo escolar, beneficiando a formação integral das crianças e reforçando o ensino da cultura afro-brasileira," afirmou.

O projeto é desenvolvido pela Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô. A instituição foi selecionada por meio de um edital publicado pela Semed em 2023 e iniciou suas atividades nas escolas municipais em junho de 2024. Os mestres de capoeira que atuam no projeto resgatam a identidade afrodescendente dos alunos e aproxima-os da rica cultura afro-brasileira.

O coordenador adjunto do Anajô, Benedito Jorge Filho, destacou a relevância da parceria com a Semed para promover a cultura afrodescendente. "O Anajô sempre teve a missão de levar a capoeira para além do contexto da luta, alcançando a comunidade. Trabalhar nas escolas desde a infância é crucial para alcançar esse objetivo," pontuou.

A iniciativa segue o que determina a Lei Federal 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino sobre a História e a Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio, públicos e privados de todo o Brasil.

O Anajô foi fundado em 1988. Em 2015 foi transformado em centro de cultura, sempre se dedicando à luta contra o racismo. Um dos fundadores e atual coordenador, Helcias Pereira, ressaltou o crescimento e o impacto do grupo. "O Anajô é, acima de tudo, um ponto de encontro para parceiros, amigos e ativistas que se unem na luta contra várias formas de opressão," explicou.

Cláudio Figueiredo, conhecido como Mestre Tomate e membro fundador do Centro de Cultura, criou o Arte e Capoeira, cujo projeto está em sua terceira edição. Ao atuar em escolas de Maceió, a iniciativa visa transformar a percepção da capoeira nas instituições de ensino, transformando-a em uma prática de cunho profissional.

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