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Armas furtadas do Exército e achadas em SP estavam enterradas na lama
Foto: Divulgação
Polícia

Armas furtadas do Exército e achadas em SP estavam enterradas na lama

Metrópoles

Polícia de SP recuperou na noite de sexta-feira (20/10), em uma área de mata em São Roque, nove metralhadoras furtadas do Exército


São Paulo — As nove metralhadoras do Exército que foram recuperadas pela Polícia Civil na noite dessa sexta-feira (20/10), em São Roque, no interior paulista, estavam enterradas em um lamaçal, em uma área isolada, quando os policiais interceptaram os criminosos.

A apreensão do armamento furtado do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na Grande São Paulo, ocorreu em uma área de mata, próxima à Estrada Municipal Emil Scaff, e foi marcada por uma intensa troca de tiros. Dois suspeitos conseguiram fugir.


Segundo o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, as nove metralhadoras recuperadas — cinco calibre .50, capaz de derrubar aeronaves, e quatro calibre 7.62, que perfura veículo blindado — seriam vendidas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Derrite afirmou que a polícia já havia identificado que os suspeitos do furto das armas do Exército estavam em São Roque. Ao chegarem no local, os agentes teriam sido recebidos com tiros por uma dupla de criminosos, que fugiu por uma região de mata fechada.

Ao fazer buscas pela região, os policiais encontraram as armas enterradas próximas a um lago, em uma área isolada. “Era uma região com uma espécie de um lago que se formou, e as armas estavam escondidas nesse local”, afirmou Derrite.

A identidade dos suspeitos ainda é desconhecida pela polícia, que também não encontrou registros de pessoas baleadas que tenham dado entrada em hospitais próximos ao local onde houve o confronto.

Durante a semana, a Polícia Civil do Rio apreendeu oito das 21 metralhadoras furtadas do arsenal do Exército na Gardênia Azul, comunidade da zona oeste carioca. Na ocasião, ninguém foi preso. As armas teriam sido oferecidas ao Comando Vermelho (CV). Tanto a facção carioca quanto o PCC teriam rejeitado o armamento por falta de peças e por causa do estado de conservação das armas.

As duas polícias ainda estão em busca das outras quatro metralhadoras que ainda não foram recuperadas.

Furto das armas

O furto, que teria ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro, foi revelado pelo Metrópoles na semana passada. Os criminosos levaram 13 metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62.


Por causa do desvio das armas, cerca de 480 militares ficaram aquartelados para investigação interna desde o último dia 11/10. O isolamento contribuiu para que o comando conseguisse ouvir depoimentos e afunilar o número de possíveis envolvidos no crime.

A maioria da tropa foi liberada na terça-feira (17/10), mas cerca de 160 militares permanecem sem poder deixar o quartel.

O Comando Militar do Sudeste já identificou três militares que teriam ajudado no furto e também investiga a atuação de outros integrantes da corporação e de civis.

Após o escândalo do furto das armas de alto poder destrutivo, o comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, exonerou do cargo, nessa sexta-feira (20/10), o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, Rivelino Barata de Sousa Batista. Ele, porém, não foi demitido, mas sim transferido de estado.

Metrópoles

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