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Pesquisa: ateus são mais inteligentes que religiosos! Entenda o que diz novo estudo
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Brasil/Mundo

Pesquisa: ateus são mais inteligentes que religiosos! Entenda o que diz novo estudo

Redação com web

Um estudo publicado na Evolutionary Psychological Science, desenvolvido por Edward Dutton e Dimitri van der Linden, propõe que pessoas ateias tendem a ter maior inteligência média que as religiosas. Baseado nos “Princípios de QI da Savana”, a pesquisa sugere que a religiosidade é um instinto humano herdado do passado, e que indivíduos mais inteligentes conseguem superá-lo por meio do pensamento racional. Segundo os autores, essa capacidade de questionar respostas instintivas e agir de forma mais analítica explicaria a correlação negativa entre inteligência e fé observada em diversas pesquisas anteriores.

Um novo artigo publicado no periódico Evolutionary Psychological Science propõe que pessoas ateias tendem a apresentar maior inteligência média do que as religiosas. O estudo, desenvolvido por Edward Dutton, do Ulster Institute for Social Research, e Dimitri van der Linden, da Universidade de Rotterdam, sustenta que a religiosidade seria um instinto humano, e que indivíduos mais inteligentes têm maior capacidade de superar comportamentos instintivos.

A teoria, chamada “Modelo de Associação de Incompatibilidade de Inteligência”, busca explicar por que décadas de pesquisas indicam uma correlação negativa entre inteligência e religiosidade. Uma meta-análise realizada em 2013 pela Universidade de Rochester, por exemplo, já havia identificado essa relação em 53 de 63 estudos revisados.

Os autores baseiam-se nos “Princípios de QI da Savana”, do psicólogo evolucionista Satoshi Kanazawa, segundo os quais o comportamento humano é moldado pelo ambiente ancestral. Seguindo essa lógica, a religião é tratada como um domínio evolutivo – uma resposta instintiva herdada do passado. Pessoas com maior inteligência, afirmam os pesquisadores, seriam mais propensas a questionar essas respostas automáticas e buscar explicações racionais para o mundo ao seu redor.

O estudo também relaciona religiosidade e estresse. Em momentos de tensão, segundo Dutton e van der Linden, os indivíduos tendem a recorrer a comportamentos instintivos, o que explicaria o aumento da fé em períodos de crise. Já pessoas mais racionais e intelectualmente curiosas tenderiam a avaliar as situações com distanciamento e a tomar decisões menos impulsivas.

Pesquisas anteriores reforçam o argumento: crianças com maior desempenho cognitivo apresentam menor propensão a adotar crenças religiosas na vida adulta, e adultos com inteligência acima da média são menos inclinados a acreditar em uma divindade. Para os autores, essa diferença sugere que a inteligência oferece vantagem evolutiva ao permitir que o indivíduo supere instintos e adote posturas mais analíticas diante de problemas complexos.

Redação com web

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