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Pior Congresso da história tem a triste marca de um Alcolumbre por cima e um Motta por baixo
Alcolumbre e Motta comandam um Congresso que não faz por onde ser respeitado
Romero Belo

Pior Congresso da história tem a triste marca de um Alcolumbre por cima e um Motta por baixo

Romero Vieira Belo
Romero Belo
Romero Belo


Num dos maiores atentados contra o esforço de preservação do meio ambiente no território brasileiro, o Congresso Nacional derrubou os vetos de Lula contidos no projeto de Lei do Licenciamento Ambiental.
A agressão à política de sustentabilidade foi comandada por dois parlamentares: Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, presidente da Câmara.
A reação da sociedade foi tal que, de imediato, os grandes sites como o G1 (Globo) publicaram o resultado da votação expondo as caras dos congressistas que votaram para possibilitar a exploração inconsequente das reservas florestais do país.
Pior que a derrubada dos vetos não resultou de estudo, análise ou sequer de uma postura ponderada dos parlamentares. Foi uma ‘simples’ resposta vingativa da dupla Alcolumbre-Motta pelo fato de Lula ter indicado o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, para assumir a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal.
Com seu ar autocrático e sua postura interesseira, Alcolumbre queria porque queria a indicação do coleguinha Rodrigo Pacheco, que o antecedeu na presidência do Senado.
Como a escolha é atribuição exclusiva do presidente da República, ele se mobilizou para derrubar os vetos do projeto ambiental, agindo frontalmente contra os interesses do Brasil e, em sentido mais amplo, de todo o planeta.
Não cabe aqui questionar os processos a que Alcolumbre respondeu ou responde, um deles tratando, conforme a denúncia, do embolso de salários de supostas funcionárias de seu gabinete. Os sites estão repletos de informações a respeito.
O que afronta neste momento a sociedade e deteriora mais ainda a já esfrangalhada imagem do Congresso, o pior da história, é a postura autoritária de um senador do Amapá tentando forçar a barra e obrigar o presidente da República a ceder ao seu capricho, numa questão estratégica e delicadíssima. Pois, que independência teria Rodrigo Pacheco para julgar eventuais denúncias contra Alcolumbre no Supremo Tribunal?
É uma lástima, mas o Parlamento brasileiro está sendo conduzido por um deputado inábil e sem pulso e por um senador que se dedica a brincar de ‘quem pode mais’, mesmo sabendo, de antemão, que não tem como dobrar um presidente como Lula.
Muito pelo contrário, a chance de Lula recuar para fazer de Pacheco ministro da Corte Suprema é a mesma que Davi (que em nada evoca o homônimo da Bíblia) tem de um dia chegar à presidência da República.
Enquanto isso, infelizmente, a nação permanece condenada a ver e repudiar os desacertos de Alcolumbre na Câmara Alta e as burradas e indefinições de Motta na Câmara Baixa.

 

Romero Vieira Belo

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