PF abre inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro
Investigação
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse hoje que a corporação, cumprindo uma determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, abriu um inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro.
A medida tramitava como uma apuração preliminar desde agosto, mas houve ontem a determinação de Moraes para reautuar o procedimento como um inquérito. O despacho do ministro do STF foi feito ontem no âmbito da DPF das Favelas. Segundo a determinação do Supremo, a apuração do caso deve focar em investigações sobre esquemas de lavagem de dinheiro de facções e milícias e também na infiltração de organizações criminosas no poder público.
Hoje, em Brasília, ao participar de um evento da Polícia Federal para assinar um acordo de cooperação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ABDI, Andrei Rodrigues reforçou que o combate ao crime se dá com inteligência e cooperação. Sem citar diretamente a operação da Polícia no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, o diretor da PF disse que o crime se combate com inteligência, estratégia, cooperação e com ações planejadas e coordenadas para ter efetividade.
Depois, questionado pela reportagem da CBN, André confirmou a abertura do inquérito determinado pelo Supremo.
"O que eu posso falar é que nós recebemos a determinação do Supremo a partir da DPF 635, já instauramos o inquérito policial que nos termos da decisão e agora, a partir da definição do relator, que foi o ministro Alexandre de Moraes, nós já estamos, desde o início da investigação, produzindo conhecimento nos termos da decisão e agora, com o relator e essa determinação específica, nós dentro dessa PET, dessa DPF, vamos instaurar esses e tantos, quantos inquéritos forem necessários para que a gente cumpra a decisão e o nosso papel lá na Segurança Pública do Rio de Janeiro".
A investigação preliminar foi relatada inicialmente por Edson Fachin, que era o responsável pela DPF das favelas.
No entanto, Fachin assumiu a presidência do Supremo. O caso passou para Luiz Roberto Barroso, que depois se aposentou. Então, o Alexandre de Moraes assumiu a relatoria.