Lula sugere criação de novo órgão na ONU para tratar da Palestina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiou a criação de um novo órgão na ONU para tratar sobre a disputa territorial entre Israel e Palestina e garantir o debate sobre a autodeterminação do povo palestino. A declaração foi dada nesta segunda-feira, 22, durante uma reunião das Nações Unidas para discutir a solução dos dois Estados.
“Assegurar o diálogo de autodeterminação da Palestina é um ato de justiça e um passo essencial para restituir a força do multilateralismo e recobrar nosso sentido coletivo de humanidade”, disse.
O brasileiro criticou a aniquilação da comunidade árabe em regiões como a Faixa de Gaza e reiterou o comprometimento do País na defesa dos direitos humanos. Lula ressaltou que atos terroristas do Hamas são inaceitáveis, mas não justificam a “matança indiscriminada” de civis palestinos.
“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, declarou o presidente.
Ao acusar o Conselho de Segurança da ONU de omissão, o petista propôs a fundação de uma nova categoria inspirada no Comitê Especial contra o Apartheid – órgão criado para dissolver a segregação racial da África do Sul.
Vale lembrar que o Brasil não é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, o que fez com que Lula chamasse responsabilidade para a Assembleia Geral – iniciada nesta segunda-feira e marcada para ser finalizada na sexta-feira, 26.
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A França reconheceu o Estado palestino já no primeiro dia de conferência, acompanhando uma sequência de outros países como Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal, que deliberaram sobre a legitimação no domingo, 21. Durante seu discurso, Lula aproveitou para lembrar que o Brasil reconhece o Estado da Palestina desde 2010.
