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Lula se reúne com Zelensky na Assembleia da ONU
Divulgação
Brasil/Mundo

Lula se reúne com Zelensky na Assembleia da ONU

Istoé com ANSA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira, 24, com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ambos participam da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Zelensky afirmou que foi uma conversa “boa” e que é “grato” à posição de Lula em defesa do cessar-fogo do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, que dura desde 2022. Os dois conversaram por cerca de 40 minutos, e o petista não fez declarações aos jornalistas após a reunião.

Mais cedo, o ucraniano declarou no plenário da Assembleia que a Rússia está tentando expandir o conflito para o Ocidente e acusou as tropas de Vladimir Putin de rejeitarem propostas de cessar-fogo.

O discurso de Zelensky na ONU

No plenário, o ucraniano afirmou que a Europa não pode se dar ao luxo de perder a Moldávia, estrategicamente localizada, para a influência russa, seguindo a Bielorrússia e a Geórgia na órbita de Moscou.

“A Rússia está tentando fazer com a Moldávia o que o Irã fez com o Líbano, e a resposta global, mais uma vez, não é suficiente. Já perdemos a Geórgia na Europ e, por muitos e muitos anos, a Bielorrússia também vem se tornando dependente da Rússia. A Europa não pode se dar ao luxo de perder a Moldávia também”, disse ele na Assembleia Geral da ONU.

Fazendo referência aos ataques da Rússia aos espaços aéreos da Polônia e Estônia, o presidente da Ucrânia observou que mesmo que fizer “parte de uma aliança militar de longa data [como a Otan] não significa automaticamente que está seguro”.

Ele lembrou que recentemente 19 drones russos simples entraram no espaço aéreo polonês e apenas quatro deles foram abatidos, além de afirmar que a Estônia teve que convocar sua primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU devido aos ataques de Moscou.

E o de Lula

Na abertura da Assembleia, Lula afirmou que “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra” no mundo.

Existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia“, afirmou o petista. O discurso marcou uma anteposição às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que subiu ao palanque em seguida para seu pronunciamento e chegou a elogiar o brasileiro.

Istoé com ANSA

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