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Justiça quebra sigilo de médica presa para saber se sequestro de bebê foi premeditado
Suspeita de sequestrar bebê de hospital, Claudia Soares Alves, de 42 anos, é médica. — Foto: Reprodução/Redes sociais
Brasil/Mundo

Justiça quebra sigilo de médica presa para saber se sequestro de bebê foi premeditado

CBN

Quebra do sigilo telefônico da neurologista Cláudia Soares Alves foi autorizada pela Justiça de Goiás. Objetivo das autoridades é coletar dados e confirmar se crime em Uberlândia foi premeditado.

O aparelho celular da médica Cláudia Soares Alves, investigada pelo sequestro de uma recém-nascida em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, vai passar por perícia. A medida foi autorizada pela Justiça de Goiás, que concordou com o pedido de quebra de sigilo telefônico da neurologista. A intenção das autoridades é coletar dados que possam ajudar nas investigações do caso.

A autorização judicial atende a um pedido feito pelo Ministério Público Estadual. O conteúdo da decisão liminar da juíza Natácia Lopes Magalhães foi divulgada pela TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, e confirmada pela CBN Goiânia.

A magistrada argumentou que "a quebra do sigilo das informações do celular é necessária, pois o aparelho pode conter conversas, imagens e outros dados importantes para as apurações do caso, além da confirmação da autoria do crime e os detalhes da prática do sequestro".

Conforme a decisão, o acesso às informações foi autorizado no período de até um ano antes, a partir da data do crime. Além disso, a Polícia Civil deve fazer uma perícia no celular e elaborar um relatório no prazo de cinco dias. Com esses dados em mãos, a investigação poderá confirmar se o crime foi premeditado.

A bebê Isabela foi levada do hospital da Universidade Federal de Uberlândia três horas após o nascimento. Depois do caso, a unidade de saúde reforçou a segurança e delimitou os acessos de funcionários e pacientes ao local.

Médica comprou enxoval de bebê dias antes

A Polícia Civil já levantou algumas informações que indicam que a médica fez viagens dias antes do crime, para a compra de um enxoval de bebê. A instituição apura, ainda, se o vínculo da médica com a Universidade Federal de Uberlândia, responsável pelo hospital, facilitou a entrada de neurologista na unidade de saúde.

Essa linha de investigação vai contra o argumento da defesa dela, de que a mulher cometeu o crime por estar em crise psicótica, devido ao quadro de transtorno bipolar. Dessa forma, segundo o advogado de Cláudia, ela não teria capacidade de discernir o que estava fazendo.

A neurologista está presa preventivamente, desde quarta-feira (24), quando foi encontrada pela Polícia na cidade de Itumbiara, em Goiás, após sequestrar a menina. A princípio, ela responde pelo crime de sequestro.

Procurada, a defesa da médica investigada preferiu não se posicionar sobre a nova decisão judicial.  

CBN

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