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Esportes

Cristian de Souza fala sobre o desafio de ser o 3º técnico do CSA no ano: "Se tudo estivesse bem, não estaria aqui"

GE

O CSA apresentou nesta segunda à tarde o técnico Cristian de Souza, o terceiro profissional a comandar o time em 2024. Ele teve o primeiro contato com o elenco na última sexta, começou os treinos no dia seguinte, no CT Gustavo Paiva, e falou na coletiva sobre como pretende fazer a equipe conquistar a confiança da torcida. Só não quis se alongar sobre sua saída do Botafogo-PB.

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Ouça a coletiva de Cristian de Souza, novo técnico do CSA

Gaúcho de Queraí, Cristian, de 46 anos, e seu auxiliar técnico, Rafael Prerniska, foram apresentados pelo coordenador de futebol, Marquinhos Mossoró, e o supervisor de logísitca, Marcelo de Jesus, no CT Gustavo Paiva. A presidente Mirian Monte não foi à coletiva nesta tarde.

No início da entrevista, Cristian destacou que chegou a Alagoas a partir de uma negociação e contato com Rodrigo Pastana (consultor do clube) e Mossoró, que assumiu o comando do futebol após a eliminação do CSA no estadual.

Cristian de Souza quer blindar o elenco dos debates nos bastidores do CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSSA

Cristian de Souza quer blindar o elenco dos debates nos bastidores do CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSSA

O técnico tem o desafio de montar rapidamente a nova formação azulina para as semifinais da Copa Alagoas contra o Murici e já pensa também no Brasileiro da Série C, que começa no dia 21 de abril. Muito articulado na fala, ele explicou ainda como recebeu esse elenco após a demissão de dois técnicos nesta temporada.

- Se as coisas estivessem andando bem, eu não estaria aqui. A gente sabe que a equipe não atingiu os objetivos traçados no começo do ano. Nós estamos no mês três e sou o terceiro treinador e sei que estou assumindo num momento de fragilidade e de não conquista de resultados. A gente vai ter muito trabalho e muita especificidade naquilo que vai fazer para, nesse contexto que estou encontrando, com esses resultados, gerar o resultado que vai ter que acontecer a partir de domingo.

Esquema de jogo

Sobre a parte tática, o técnico disse que não tem um modelo de jogo definido. Tudo depende das características do elenco.

- Eu sempre me adapto. Se eu tivesse que me caracterizar como profissional, eu sou um cara que tem uma capacidade de adaptação bacana, legal. E esses jogos da Copa Alagoas vão nos proporcionar também treinar o elenco, rodar o elenco.

- A gente joga da forma que é possível jogar. Não me apego a modelo de jogo, a um sistema tático, eu me apego ao momento do clube, às individualidades, à cultura do lugar e tento ser muito pragmático em cima dos resultados. Futebol brasileiro pede isso. Sempre o próximo jogo vai ser o mais importante, e é dessa forma que eu venho trabalhando há mais de 20 anos, chegando nos lugares e me adaptando rapidamente ao contexto, tentando ser o mais prático para gerar o resultado.

Problemas nos bastidores

Cristian disse que o momento exige trabalho para mudar o cenário no futebol do clube. Segundo ele, os treinos de campo começaram no último sábado, um dia após sua chegada a Alagoas, e ele também espera evitar que os problemas de bastidores cheguem ao campo.

- Temos que nos fechar para nos concentrar no trabalho, no treino, na questão tática, nas características dos nossos jogadores. Eu encontrei aqui um grupo magoado, sentido, tivemos até uma reunião há pouco com alguns atletas, e a gente sente neles essa indignação. Isso é o mais importante, é o primeiro passo. O segundo passo é colocar coisas importantes ao nível estratégico e de comportamento tático. A gente já pensa nesse jogo de domingo (contra o Murici) para começar a dar uma reorganizada naquilo que entende como time competitivo, capaz de gerar resultados.

Cristian de Souza faz trabalho de campo no CT Gustavo Paiva — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Cristian de Souza faz trabalho de campo no CT Gustavo Paiva — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Missão Série C

Cristian falou, na sequência, sobre o projeto para a Série C, principal campeonato do ano para o CSA.

- É uma competição extremamente difícil, longa, e a gente tem que ser organizado. Ela nos proporciona, por outro lado, uma semana de treinamento, e precisamos saber aproveitar isso. Exige muito também da logística, da infraestrutura dos clubes, e o que encontrei aqui não fica devendo nada a qualquer centro de treinamento do Brasil. O CSA tem condições espetaculares nesse sentindo.

Contratações

O técnico evitou falar sobre contratações, mas destacou que Pastana é um especialista na competição e as reuniões do departamento de futebol estão traçando os planos para o Brasileiro.

- Venho conversando com o Mossoró e o Rodrigo Pastana, estamos em contato diário, para fazemos o CSA o mais forte possível. Não dá para falar sobre quantidade e nomes (de reforços), é um assunto interno, baseado naquilo que conhecemos da competição. Temos um especialista em acessos de Série C, que é o Rodrigo. É o quarto clube em que vou ter a condição de trabalhar com ele, e o Rodrigo conhece muito bem meu trabalho.

Marquinhos Mossoró apresenta Cristian de Souza no CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Marquinhos Mossoró apresenta Cristian de Souza no CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Cristian não quis falar muito na coletiva sobre a saída repentina do Botafogo-PB, em fevereiro, após ter feito um bom trabalho nos 11 jogos em que comandou o time.

- A situação lá teve um desfecho estranho, e a gente acabou não tendo a oportunidade de terminar o trabalho. Mas fiquei pouco tempo em casa, queria me manter, no mínimo, numa divisão nacional. E fiquei feliz porque pintou o convite (do CSA). Conversamos durante quatro, cinco dias, com Marquinhos (Mossoró) sendo o interlocutor, e, conhecendo a grandeza do clube, me sinto muito satisfeito e desafiado em prestar o meu serviço ao CSA.

Chance para o elenco

O técnico revelou que conversou nesta segunda com um grupo de jogadores que estava treinando separadamente no CT.

- Foi um grupo bem específico, de três ou quatro atletas que estavam afastados, e a gente recolocou eles no grupo para dar uma oportunidade, já que estão no clube. E agora o desempenho deles no dia a dia vai mostrar. Nós treinadores somos julgados todos os dias, e com os jogadores não é diferente.

Rafael Premiska, auxiliar técnico do CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Rafael Premiska, auxiliar técnico do CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

Cristian comentou ainda sobre a parceria com o seu auxiliar.

- O Rafael está há um tempo comigo. Faz um trabalho de análise, de montagem de elenco, de estratégia para jogo. Temos uma simbiose bacana, nos conhecemos, e é um profissional que vem me ajudando a conquistar esses resultados, títulos, acessos, e queremos trazer esse momento bom nosso aqui para o CSA.

GE

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