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Brasileira repatriada de Gaza: 'Achei que fosse morrer'
Foto: Cristiano Mariz
Brasil/Mundo

Brasileira repatriada de Gaza: 'Achei que fosse morrer'

O Globo

Jovem de 18 anos, que morou na Faixa de Gaza apenas por um ano e meio, falou sobre a morte de parentes e amigos

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionar o grupo de 32 brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza, alguns dos repatriados falaram sobre a situação de incerteza e brutalidade da guerra.

Ao lado de Lula, Shahed Al-Banna, uma jovem de 18 anos, que morou na Faixa de Gaza apenas por um ano e meio, falou sobre a morte de parentes e amigos. Ela contou que foi a Gaza para que sua mãe, acometida pelo câncer, pudesse se despedir da família.

— Não acredito que estou viva, que estou aqui. Achei que fosse morrer — disse a jovem.

Brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegam a Brasília

Ela agradeceu à missão brasileira que resgatou os brasileiros, e pediu ajuda para que outros familiares possam sair de Gaza.

— A gente ainda está preocupado ainda com os familiares de Gaza. Já perdi muitos familiares, muitas amigas nessa guerra. Perdi minha casa, foi destruída. Quero muito ajudar a tirar nossos familiares de lá.

Lula, então, prometeu empreender esforços para tirar mais brasileiros do local. Ele esteve ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) Márcio Macedo (Secretaria-Geral) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).

— Primeiro, (quero dizer que tenho) um compromisso com você e com sua família, da diplomacia, para tirar todos os brasileiros de lá.

O palestino com cidadania brasileira Hasam Rabeem, 30 anos, também falou ao lado do presidente Lula e agradeceu o apoio prestado para repatriar o grupo da Caixa de Gaza

— Queria agradecer ao presidente, governo federal, Força Aérea, Itamaraty. Todos vocês, por essa força apoio. Ficamos lá por 37 dias de muito sofrimento, às vezes até passamos fome e sede.

Rabeem afirmou que ele e sua mulher chegaram a mentir sobre o barulho das bombas aos seus filhos para que eles ficassem mais tranquilos

— O que está acontecendo lá na verdade é um massacre. Difícil para todos vocês entenderem o que passa lá. As bombas caindo por todo lado. Na primeira e segunda semana começamos a mentir, mas não conseguimos segurar essa mentira por muito tempo — contou o palestino.

O Globo

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