
Vice-governador Ronaldo Lessa lança, na AMA, livro sobre municipalismo
O livro “Uma História de União e Resistência Municipalista” resgata o período em que o vice-governador Ronaldo Lessa, então prefeito de Maceió, presidiu a AMA (1995–1996) e promoveu uma reestruturação que consolidou o municipalismo como força política em Alagoas. Escrita por Reinaldo Falcão e Antônio Bezerra Torres, a obra reúne documentos, depoimentos e registros históricos que mostram como a união entre prefeitos permitiu enfrentar crises, fortalecer a gestão pública e impulsionar a autonomia dos municípios. O lançamento ocorre em 13 de outubro, na sede da AMA, em Maceió.
O vice-governador Ronaldo Lessa é destaque na obra “Uma História de União e Resistência Municipalista”, que reconstrói o período em que o municipalismo se consolidou como força política e instrumento de transformação institucional no Estado.
O livro será lançado no próximo dia 13 de outubro, às 10h, na sede da Associação dos Municípios Alagoas (AMA), em Maceió, de autoria do engenheiro agrônomo, gestor público e ex-secretário executivo da AMA Reinaldo Falcão e de Antônio Bezerra Torres, advogado, jornalista e também ex-secretário executivo da entidade.
A obra revive o momento em que o então prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa, assumiu a presidência da AMA (1995–1996) e conduziu uma ampla reestruturação administrativa e política da entidade, em meio a uma conjuntura de crise fiscal e polarização.
Com o apoio de uma equipe técnica e de prefeitos de várias regiões, Lessa liderou a criação das primeiras assessorias jurídica, tributária e de comunicação, descentralizou os debates e instalou coordenadorias regionais, estimulando a participação direta dos municípios nas decisões políticas e orçamentárias.
Memória viva do municipalismo alagoano
A publicação marca o reencontro entre história e memória administrativa de Alagoas. Com base em registros oficiais e arquivos preservados por mais de duas décadas, “Uma História de União e Resistência Municipalista” reconstrói o período em que o municipalismo se consolidou como força política e instrumento de transformação institucional no Estado.
O livro será lançado no próximo dia 13 de outubro, às 10h, na sede da AMA, em Maceió. Reestruturação e resistência Depoimentos e bastidores Reinaldo Falcão, engenheiro agrônomo, gestor público e ex-secretário executivo da AMA, relembra aquele contexto como uma verdadeira travessia política:
“Foi um momento de muita dificuldade financeira e política. Mas também um tempo de esperança, em que prefeitos de todas as regiões decidiram se unir para enfrentar injustiças e fortalecer o municipalismo. “Ronaldo Lessa teve a coragem de assumir a AMA num cenário adverso, reorganizar a entidade e mostrar que, com verdade e prática coletiva, era possível resistir e reconstruir”.
Antônio Bezerra Torres, advogado, jornalista e também ex-secretário executivo da entidade, destaca que o livro é fruto de um compromisso com a memória pública e a verdade histórica:
“Essa história precisava ser contada, porque marca a virada de um tempo em que o municipalismo deixou de ser apenas discurso e passou a ser prática política e institucional. É um registro de trabalho, de resistência e de fé na gestão pública como instrumento de transformação social”.
A força da união
Com nove capítulos e extenso material documental, “Uma História de União e Resistência Municipalista” percorre temas como o combate à violência política e à impunidade, o fim do acordo dos usineiros, a defesa da moralidade administrativa, a projeção nacional de Alagoas e a integração entre municípios e comunidades locais.
O texto também rememora a realização do Congresso Brasileiro dos Municípios em Maceió, que reuniu mais de mil prefeitos, ministros e governadores, e resultou na histórica Carta de Alagoas — marco da união municipalista e do fortalecimento das autonomias locais.
Na apresentação da obra, o jornalista José Osmando de Araújo ressalta a importância do registro: “O livro é um documento importante para a compreensão da mais recente página da história político-administrativa do Estado. Lendo-o, o leitor entenderá que a transformação de Alagoas numa terra melhor, mais humana e mais próspera, não é um sonho impossível.”
A AMA, que sedia o lançamento, reforça seu papel como espaço de memória e articulação política dos municípios. O evento conta ainda com apoio cultural da Vice-Governadoria de Alagoas, em reconhecimento ao valor histórico do movimento municipalista e à importância de preservar registros que ajudaram a moldar a gestão pública contemporânea do Estado.
O vice-governador Ronaldo Lessa sintetiza o espírito da obra em uma frase que atravessa o tempo: “A união foi o elemento determinante para o fortalecimento da entidade e o vetor das conquistas alcançadas.”
A gestão municipalista eleita de 1995–1996
O livro traz também o registro da chapa diretiva da AMA eleita em 1995, composta por prefeitos e lideranças de todas as regiões do Estado. A presidência ficou com Ronaldo Augusto Lessa Santos, de Maceió, tendo como vice José Rafael Torres Barros, de Rio Largo. A Secretaria Geral foi exercida por Maria Angélica V. C. Melo, de Barra de São Miguel.
A equipe contou ainda com Flavius Flaubert P. Torres, de Viçosa, e Marcelo Ricardo Vasconcelos, de Quebrangulo, nas secretarias; além de Luís Eustáquio T. Filho, de Cajueiro, e Flávio Jorge da R. Barros, de Satuba, na tesouraria. O Conselho Fiscal foi presidido por Dermeval Tenório de Mesquita, de São Luís do Quitunde, e integrado por José Klinger Sores Teixeira, de Chã Preta, José Jerônimo Quintela Dâmaso, de Anadia, Silvio Gazzaneo Gomes Rego, de Joaquim Gomes, Dirson de Albuquerque Souza, de Penedo, e Maria Cláudia Carvalho, de Passo de Camaragibe. O Conselho Deliberativo foi liderado por José Praxedes Neto, de União dos Palmares, tendo como vice Osman Catarina, de Maravilha, e como secretário Adelmo Novais Calheiros, de Capela.
Nas Coordenações Regionais, figuravam nomes como Telmo Henrique Barbosa de Lima (Porto Calvo), Glauber Fireman Tenório (Murici), Severino Barbosa Leão (Arapiraca), João José Sarmento de C. Souza (Coruripe), Humberto dos Anjos (Olho d’Água das Flores), Luiz Xavier (Água Branca) e Hermínia Tavares da Silva (Santa Luzia do Norte).
A composição reflete o caráter coletivo e plural da gestão, em que prefeitos de municípios grandes e pequenos compartilharam decisões e responsabilidades, consolidando um modelo de articulação descentralizada que inspirou experiências posteriores. Legado e permanência Com registros fotográficos inéditos e documentos históricos, “Uma História de União e Resistência Municipalista” se estabelece como obra de referência sobre o período em que o municipalismo alagoano deixou de ser apenas uma pauta reivindicatória e se tornou uma causa pública — coletiva, organizada e inspiradora.