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Trump: ‘Se eu me chamasse Obama, já teria recebido o Nobel da Paz’
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Brasil/Mundo

Trump: ‘Se eu me chamasse Obama, já teria recebido o Nobel da Paz’

Redação com web

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que, se se chamasse “Obama”, já teria recebido o Prêmio Nobel da Paz, após o anúncio do fim da guerra em Gaza com mediação americana. Ele disse acreditar merecer o prêmio “quatro ou cinco vezes”, mas ironizou que provavelmente seria entregue a alguém “que não fez nada”. A fala ocorre 16 anos após Barack Obama receber o Nobel, o que Trump frequentemente usa como comparação. Embora tenha se destacado nas negociações de paz em Gaza, analistas consideram improvável sua premiação devido ao histórico de políticas unilaterais e controvérsias em sua gestão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou nesta quinta-feira, 9, que caso ele se chamasse “Obama”, já teria recebido o Prêmio Nobel da Paz. A declaração é dada na esteira do anúncio do fim da guerra em Gaza, que contou com a participação de mediadores norte-americanos.

 

Ao ser perguntado por jornalistas se ele considera-se merecedor da consagração, Trump disse que “todos pensam que ele merece” e que “se tivesse o nome ‘Obama’, já teria ganhado o Nobel da Paz”.

 

“Acho que eu deveria ganhar umas quatro ou cinco vezes”, disparou o republicano.

 

Em tom provocativo, Trump completou dizendo que não acreditava que o prêmio seria dado, de fato, a ele – mas sim a alguma outra pessoa “eu não fez nada”.

+ Trump celebra acordo e diz esperar ‘paz duradoura’ em Gaza

 

Há exatos 16 anos, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, quando mal havia completado nove meses de cargo. O Comitê Nobel Norueguês justificou a escolha citando seus “esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”, destacando sua visão de um mundo sem armas nucleares. A premiação gerou intenso debate global, com muitos considerando-a prematura e contraditória.

 

Participação de Trump e acordos externos

O presidente americano nunca escondeu desejo de ganhar o Nobel da Paz, especialmente quando se colocou a frente da mediação de conflitos como o da Faixa de Gaza e da Guerra da Ucrânia.

 

Os Estados Unidos são responsáveis por financiar nações bélicas de forma majoritária, com destaque para os investimentos em Israel – aliado histórico dos americanos – e agora a Ucrânia, de Volodymyr Zelensky. Sabendo da dependência dos países em relação aos EUA, Trump aproveitou para tomar protagonismo dos embates e mostrar-se como um mediador em busca da paz.

 

Nas últimas semanas, as negociações de cessar-fogo em Gaza ganharam contornos mais concretos com a confecção de um acordo entre as partes. A Casa Branca publicou na segunda-feira, 29, um plano de 20 pontos para pôr fim à guerra. 

 

Dez dias depois, a reunião ocorrida no Egito oficializou o acordo de paralisação e contou com diversos mediadores e autoridades americanas. O presidente Trump chegou a dizer que tentará viajar ao Egito para a assinatura do documento, em um movimento que conduzirá a uma paz mais ampla no Oriente Médio.

 

Apesar disso, especialistas enxergam a intenção de Trump em ganhar o Nobel como fora da realidade. O mandatário retirou os EUA de entidades internacionais e tratados multilaterais, lançou guerras comerciais contra aliados e rivais, ameaçou tomar a Groenlândia, mobilizou a Guarda Nacional em cidades de seu país, atacou a liberdade acadêmica das universidades e a liberdade de expressão com suas ações judiciais contra meios de comunicação.

Redação com web

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