
Trump elogia conversa com Lula e prevê futuro de relação: 'nossos países se darão muito bem juntos'
'Excelente química'
Na sua própria rede social, a Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a conversa por telefone com o presidente Lula, nesta segunda-feira (6), foi muito positiva e que prevê que os dois países, juntos, se 'darão muito bem'.
No post, ele detalhou que a conversa teve foco em questões econômicas e no comércio entre os dois países. Afirmou ainda que novas discussões acontecerão em breve.
Veja o post:
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Post de Trump na 'Thuth Social' após conversa com Lula — Foto: Reprodução
'Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o Presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!'
A reunião acontece dois meses após o anúncio do tarifaço contra o Brasil e duas semanas após Trump dizer, na Assembleia Geral da ONU, que teria tido uma 'excelente química' ao esbarrar com Lula nos corredores e que os dois se encontrariam em breve.
Posteriormente, o Planalto divulgou uma nota oficial com detalhes do encontro:
'O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta segunda-feira, 6 de outubro, telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro.
O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.
O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.
Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação. Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim'.
Ainda nesta segunda-feira (6), o ministro Fernando Haddad afirmou que o encontro foi “positivo”. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin classificou a conversa como descontraída, proveitosa e bastante longa, com duração aproximada de meia hora. Alckmin disse estar otimista e reforçou que a relação entre Brasil e Estados Unidos é de ganha-ganha.
O encontro foi negociado sob total sigilo, para evitar qualquer tipo de interferência da oposição. A conversa já vinha sendo negociada, mas foi concluída no final de semana para que, de fato, os dois conversassem nesta manhã.