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Tornozeleira de Bolsonaro foi violada meia-noite, diz Moraes
Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press
Política

Tornozeleira de Bolsonaro foi violada meia-noite, diz Moraes

Correio Braziliense

Prisão preventiva

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente neste sábado (22/11), foi violada às 0h08min de hoje. Na decisão, o magistrado também cita o risco de fuga do político, além da suspeita de querer causar “tumulto” para obter vantagens pessoais. 

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“O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu o ministro. 

 

A prisão foi determinada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar, na noite de sexta-feira (21), uma vigília em frente ao condomínio do pai, em Brasília. Moraes alegou o descumprimento de medida cautelar e necessidade garantia da ordem pública e citou a proximidade da casa do ex-presidente como estratégica em caso de fuga. 

“Importante destacar, ainda, que o condomínio do réu está localizado a cerca de 13 km (treze quilômetros) do Setor de Embaixadas Sul de Brasília/DF, onde fica localizada a embaixada dos Estados Unidos da América, em uma distância que pode ser percorrida em cerca de 15 (quinze) minutos de carro”, disse. 

Moraes lembrou que Bolsonaro tentou fugir para a embaixada da Argentina em outras ocasiões. 

 

“Rememoro que o réu, conforme apurado nestes autos, planejou, durante a investigação que posteriormente resultou na sua condenação, a fuga para a embaixada da Argentina, por meio de solicitação de asilo político àquele país”, disse. 

Na decisão, Moraes afirmou que "embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de 'vigília'", a conduta indica o mesmo "modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares com o objetivo de conseguir vantagens pessoais".

"O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu", frisou.

Ex-presidente preso 

A Polícia Federal chegou ao condomínio de Bolsonaro, em Brasília, por volta das 6h, e deixou o local cerca de meia hora depois. O ex-presidente foi levado diretamente para a Superintendência da PF e ficará em uma “sala de Estado”.

 

Jair Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto por causa de uma investigação sobre a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, suspeito de coagir a Justiça ao atuar nos Estados Unidos por sanções contra autoridades brasileiras. À época, o ex-presidente usou as redes sociais de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Correio Braziliense

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