Setores exportadores brasileiros reagem com otimismo após encontro de Lula e Trump
“Avanço concreto”
Representantes de setores exportadores brasileiros reagiram com otimismo ao encontro entre Donald Trump e Lula realizado na Malásia.
A Confederação Nacional da Indústria classificou a reunião como um “avanço concreto” na tentativa de suspensão do chamado tarifaço contra as exportações do Brasil.
Em nota, a entidade afirmou que o início das negociações é um passo importante para a retomada das vendas externas.
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes destacou que o encontro reforça a importância do diálogo pro fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
A entidade avalia que a disposição dos governos em discutir as tarifas vigentes pode preservar a competitividade da carne bovina nacional, o segundo produto brasileiro mais vendido ao mercado americano.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Cecafé, também celebrou a reunião e ressaltou que participou da missão brasileira na Indonésia e na Malásia.
De acordo com o Cecafé, as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos prejudicam a competitividade do produto brasileiro, aumentam o preço ao consumidor americano e ameaçam a fatia de mercado do Brasil no maior importador e consumidor global de café.
A entidade disse ainda aguardar resultados concretos que garantam a isenção das tarifas e contribuam para reduzir a pressão inflacionária sobre o produto nos Estados Unidos.
No mesmo sentido, a Associação Brasileira de Cafés Especiais, lembrou que os Estados Unidos são o principal destino dos cafés especiais brasileiros, responsáveis pela compra de cerca de 2 milhões de sacas por ano, com receita superior a 550 milhões de dólares.
Já empresários do setor de exportação de frutas avaliam que ainda é cedo para comentar os resultados do encontro. Como não foram divulgadas decisões concretas que impactem diretamente o setor, eles afirmam que vão aguardar um posicionamento mais detalhado do Ministério da Agricultura.