Saiba quem são os quatro agentes mortos durante megaoperação no Rio
Quatro policiais — dois do Bope e dois da Polícia Civil — estão entre os 64 mortos da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. O sargento Cleiton Serafim e o sargento Heber Fonseca foram homenageados pelo Bope, enquanto Marcus Vinícius Cardoso e Rodrigo Velloso Cabral receberam tributo da Polícia Civil. O governador Cláudio Castro declarou luto e anunciou promoções póstumas aos agentes. A operação, voltada contra líderes do Comando Vermelho, resultou em 81 prisões e é considerada uma das mais letais da história do Rio.
Quatro agentes da Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro estão entre os 64 mortos do último balanço divulgado pelo governo estadual após a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, na terça-feira, 28. As vítimas foram identificadas como Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves.
Na redes sociais, o Bope homenageou dois agentes que integravam o batalhão. O sargento Serafim tinha 42 anos e ingressou na Corporação em 2008. Ele deixa esposa e uma filha. Já o sargento Heber tinha 39 anos e ingressou na Corporação em 2011. Ele deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Já os outros dois agentes trabalhavam na Polícia Civil. Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho era comissário da 53ª DP e Rodrigo Velloso Cabral, da 39ª DP. “A instituição se solidariza com as famílias e amigos, compartilhando a dor dessa irreparável perda. Os ataques covardes de criminosos contra nossos agentes não ficarão impunes. A resposta está vindo, e à altura”, diz nota da corporação.
Também por meio das redes socais, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que o estado “amanheceu de luto”. “Como forma de reconhecimento e respeito, todos serão promovidos postumamente. Minha solidariedade e minhas orações estão com as famílias, amigos e colegas de farda desses heróis. Eles serviram ao Estado com coragem, defendendo o que acreditavam: um Rio mais seguro e livre”, escreveu o governador.
A megaoperação entrou para a história como uma das mais letais do estado com o total de 64 mortos e 81 presos. O número de mortos, no entanto, ainda deve aumentar já que na manhã desta quarta-feira, 29, moradores levaram para uma praça dezenas de corpos que estavam espalhados pela favela e em zonas de mata da região.
A megaoperação deflagrada pelas policias Civis e Militar do Estado, com apoio do Ministério Público do Rio, tinha na mira lideranças do Comando Vermelho (CV) e o combate ao tráfico de drogas nos complexos da Penha e do Alemão.