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Saiba quem é Gilberto Gonçalves, prefeito de Rio Largo, AL
Gilberto Gonçalves foi preso na manhã desta segunda-feira — Foto: Reprodução/Instagram
Política

Saiba quem é Gilberto Gonçalves, prefeito de Rio Largo, AL

G1 AL

GILBERTO GONÇALVES JÁ FOI PRESO OUTRAS TRÊS VEZES EM ALAGOAS, EM 2014, 2010 E 2007.

Preso na manhã desta segunda-feira (22) durante o cumprimento de mandado de prisão preventiva pela Polícia Federal, Gilberto Gonçalves é o prefeito de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, Alagoas, afastado do cargo após a Operação Beco da Pecúnia, que investiga desvios de recursos municipais e de uma série de 185 saques no valor de R$ 49 mil feitos por uma empresa contratada do município e que seriam usados para pagamento de propina a servidores municipais.

De acordo com o advogado Fábio Gomes, que responde pela defesa de Gonçalves, ele está sendo acusado de interferir nas investigações da Operação Beco da Pecúnia. O advogado informou que já está atuando no caso, mas ainda não deu detalhes sobre quais medidas a defesa do prefeito irá interpor.

Esse não é o primeiro esquema criminoso em Alagoas em que Gilberto Gonçalves figura como suspeito. Em 2019, no final de sua primeira gestão como prefeito de Rio Largo, ele chegou a ser cassado pela Câmara de Vereadores, por crime de improbidade administrativa por apresentar falsa declaração negativa de bens, além de, supostamente, ter praticado falsidade ideológica, desvio de patrimônio e lavagem de dinheiro.

Além da prisão desta segunda, no histórico de Gonçalves há pelo menos outras três. Em 2014, ele foi detido na casa onde mora, em Rio Largo, suspeito de facilitar a fuga de um motorista que fazia propagando política irregular e que havia acabado de receber ordem de prisão por crime eleitoral.

Em 2010, ele foi preso por ameaçar de morte: “com um tiro na cabeça”, um ex-funcionário que entrou com uma ação trabalhista contra ele. A prisão havia sido decretada em dezembro de 2009. A denúncia desse caso foi feita em julho de 2005.

Em dezembro de 2007, Gilberto Gonçalves foi preso pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional. Ele foi acusado, pela Polícia Federal, de participar do desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento do legislativo estadual, durante sete anos. O esquema, que ficou conhecido através da Operação Taturana, seria coordenado por deputados estaduais e Gonçalves chegou a ser flagrado em interceptações telefônicas onde cobrava parte do dinheiro do esquema milionário.

“Eu não sou besta, diga ao [deputado estadual Antônio] Albuquerque [na época do crime presidente da Assembleia e apontado como líder do esquema] que eu quero meu dinheiro certo, que é dinheiro de roubo, de corrupção… e não mande descontar INSS não, porque isso é dinheiro roubado (…) É melhor você me dar do que a gente sair tudo algemado dessa p… Diga ao pessoal que eu quero o meu dinheiro”, disse o então deputado estadual por Alagoas.

Por Por Erik Maia

PF na casa de Gilberto Gonçalves em Rio Largo, AL — Foto: Ascom PFPF na casa de Gilberto Gonçalves em Rio Largo, AL — Foto: Ascom PF

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