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Relatório da reforma tributária mantém alívio a profissionais liberais

Agência Brasil

Aprovada em 1º turno na Câmara dos Deputados, a reforma dos tributos sobre o consumo retirou vários pontos incluídos pelo Senado no início de novembro. Caíram a cesta básica estendida, que teria alíquota reduzida em 60%, e regimes especiais para o saneamento e o transporte aéreo. Em contrapartida, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) manteve o benefício a profissionais liberais, que pagarão alíquota 30% menor.

A retirada de exceções tem como objetivo reduzir a alíquota padrão do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Quando a reforma foi aprovada pela primeira vez na Câmara, em julho, o Ministério da Fazenda estimava que o IVA cobrado sobre a maioria dos produtos ficaria entre 24,45% e 27%.

Com as exceções incluídas pelo Senado, a alíquota subiria para 27,5%. Isso faria o Brasil ter a maior alíquota entre os países que adotam o imposto tipo IVA. Atualmente, o país com o IVA mais alto é a Hungria, com 27% de imposto.

Confira os principais pontos retirados da versão final da reforma tributária:

Cesta básica estendida

•    Fim da lista de produtos que teriam alíquota reduzida para 40% da alíquota padrão. Segundo o relator, esses produtos já são beneficiados com a redução, na mesma magnitude, para insumos agropecuários. A cesta básica será tributada da seguinte forma:

—     cesta básica nacional, com alíquota zero, e caráter de enfrentamento à fome;
—     cesta nacional poderá ser regionalizada, com itens definidos por lei complementar.

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Regimes especiais

•    Retirada dos seguintes setores dos regimes específicos (com impostos a serem definidos depois da reforma):
—     saneamento básico;
—     transporte aéreo;
—      microgeração de energia.

Zona Franca de Manaus

•    Retorno do imposto seletivo sobre produtos concorrentes de fora da região para manter competitividade da Zona Franca;
•    Senado tinha trocado imposto seletivo por Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Poderes do Senado

•    Senado deixará de:
—      definir a alíquota sobre combustíveis;
—      sabatinar e aprovar o presidente do futuro Comitê Gestor, órgão formado por representantes dos estados e dos municípios que administrará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).

Auditores fiscais

•     estados e municípios não poderão mais aprovar leis para igualar a remuneração dos auditores fiscais aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF);
•     governadores e prefeitos pressionavam pela retirada desse ponto, para não pressionar contas públicas locais.

Premiação

•    Retirada da premiação a estados e municípios que elevarem a arrecadação.

Pontos mantidos

•    Profissionais liberais com atividades regulamentadas
—   pagarão 70% da alíquota-padrão do IVA;
—   apesar de pressões de economistas, relator manteve o ponto. Dispositivo, na prática, beneficia apenas empresas, escritórios e clínicas que faturem mais de R$ 4,8 milhões por ano. Isso porque a maior parte dos profissionais autônomos, que ganham abaixo desse valor, está incluída no Simples Nacional.

•    Montadoras
—   prorrogação até 2032 do benefício para montadoras do Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
—   Câmara tinha derrubado benefício, mas Senado o manteve;
—   estados do Sul e do Sudeste discordaram da prorrogação;
—   acordo com PL para apresentação de destaque durante votação que pode retirar esse trecho da reforma.

Agência Brasil

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