Redes sociais confundem consumidor sobre bebida falsa e ilegal; entenda a diferença
Postagens nas redes sociais distorceram dados sobre o mercado de bebidas no Brasil ao afirmar que 30% dos destilados vendidos são falsos. Na verdade, segundo estudo da Euromonitor encomendado pela ABBD, 30% das bebidas destiladas são ilegais — mas apenas 4,7% são falsificadas. Em 2024, o mercado ilegal de bebidas alcoólicas movimentou R$ 55 bilhões, incluindo práticas como contrabando, produção sem registro e evasão fiscal.
Postagens nas redes sociais com informações incorretas sobre o comércio de bebidas destiladas falsificadas no Brasil estão confundindo os consumidores. Os posts afirmam que 30% dos destilados vendidos no Brasil são falsos e atribuem a informação a um estudo da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD).
A realidade, no entanto, é outra. De fato, a ABBD encomendou um estudo para para a Euromonitor International que identificou que 30% das bebidas destiladas comercializadas no país são ilegais, o que não quer dizer que todo esse volume seja de produtos falsos. A fatia dos destilados falsos representa 4,7% do total.
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Mercado de bilhões
O estudo da Euromonitor foi divulgado em setembro de 2025, com dados referentes ao que aconteceu no mercado em 2024. Os dados mostram que o mercado ilegal de bebidas alcoólicas movimentou no ano passado R$ 55 bilhões, quase 13% de todo o segmento.
A Euromonitor identificou seis principais ilicitudes no mercado de bebidas alcoólicas. A falsificação é uma delas, mas entram na lista também o contrabando, produção sem registro, álcool substituto, evasão de impostos e perda fiscal.
Veja aqui mais detalhes sobre o estudo encomendado pela ABBD à Euromonitor International.