OMS critica ordem de Israel para saída de palestinos de Cidade de Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que Israel reverta a ordem de retirada de civis de Gaza, afirmando que a medida equivale a uma “sentença de morte” para pacientes vulneráveis que se encontram em hospitais.
O diretor-geral da agência, que integra a ONU, apelou a Israel para reverter a sua decisão.
“Há pessoas gravemente doentes cujos ferimentos significam que a sua única hipótese de sobrevivência é utilizar aparelhos de suporte vital, como ventiladores mecânicos”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Portanto, mover essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que o façam é mais do que cruel.”
A OMS disse na sexta-feira que as autoridades de saúde locais em Gaza informaram que era impossível evacuar pacientes hospitalares vulneráveis do norte de Gaza, depois que os militares de Israel pediram que os civis se mudassem para o sul dentro de 24 horas.
“Consequências devastadoras”
Antes, a própria ONU já havia criticado a medida anunciada pelos militares israelenses, afirmando que causará “consequências humanitárias devastadoras”
Segundo Dujarric, a mesma ordem de retirada “foi aplicada a todos os funcionários da ONU e às pessoas abrigadas em instalações da ONU – incluindo escolas, centros de saúde e clínicas”.
“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, afirmou disse o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, pedindo que “qualquer ordem desse tipo seja revogada”.
Hamas diz que bombardeios israelenses mataram 13 reféns
As brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram que os bombardeios israelenses em Gaza mataram 13 reféns que haviam sido capturados durante os ataques do grupo terrorista a Israel no último fim de semana.
Não foram mencionadas as nacionalidades dos reféns mortos. Até o momento, a informação não foi confirmada pelas Forças Armadas israelenses.
Israel afirmou entre 100 e 150 pessoas de diferentes nacionalidades teriam sido feitas reféns pelo Hamas.
Um porta-voz das Forças Armadas israelenses chegou a afirmar que haviam brasileiros entre as pessoas de diferentes nacionalidades sequestradas pelo Hamas. Mais tarde, porém, Israel voltou atrás quanto à certeza de reféns brasileiros. A informação também não foi confirmada pelo Itamaraty, que ainda busca informações concretas.
A mídia de Pyongyang nega que o Hamas tenha usado armas norte-coreanas
A mídia estatal de Pyongyang negou nesta sexta-feira relatos de que militantes do Hamas usaram armas norte-coreanas em recentes ataques a Israel, chamando-os de “falsos rumores”.
O regime respondeu assim à informação publicada pelo meio de comunicação americano Radio Free Asia, que apontava o uso de lança-foguetes norte-coreanos por milicianos palestinos nos ataques do último fim de semana, com base no que foi observado em imagens dos incidentes e no testemunho de especialistas militares.
Israel ordenou a retirada de civis em Gaza no prazo de 24 horas
Israel ordenou nesta sexta-feira (13/10) a retirada de 1 milhão de civis do norte de Gaza em 24 horas, em meio a preparativos para uma ofensiva terrestre destinada a reprimir o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em retaliação aos ataques contra a população israelense no fim de semana.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, disse que os militares enviaram aos residentes da Cidade de Gaza uma mensagem pedindo que eles se retirem “de suas casas em direção ao sul para sua própria segurança e proteção”.
“A organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel, e a Cidade de Gaza é uma área onde se executam operações militares”, declarou Conricus na manhã desta sexta.
“Essa evacuação é para sua própria segurança. Você poderá retornar à Cidade de Gaza apenas quando outro anúncio de permissão for feito”, acrescentou, explicando que os habitantes da região foram alertados a não se aproximar da cerca de segurança com Israel, mas seguirem rumo ao sul da Faixa de Gaza.
O porta-voz afirmou ainda que a orientação das forças israelenses é “um passo humanitário a fim de minimizar as baixas civis, à medida que esta guerra se desenrola” (leia matéria completa).