Assine a newsletter
Mulher vai à delegacia fazer BO e descobre que estava "desaparecida" há 11 anos
Foto: Arquivo Pessoal
Brasil/Mundo

Mulher vai à delegacia fazer BO e descobre que estava "desaparecida" há 11 anos

Terra

Caso, que inicialmente pareceu um erro, remonta a um ocorrido da adolescência dela; entenda

Dayanara Spring, uma curitibana de 30 anos, teve uma surpresa incomum ao comparecer a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência por assalto. O policial que a atendeu informou que seu nome constava no banco de dados como pessoa desaparecida há 11 anos. O caso, que inicialmente pareceu um erro, remonta a um ocorrido de sua adolescência. A história foi compartilhada por ela nas redes sociais e acabou viralizando. 

Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra

Em entrevista ao Terra, Dayanara explicou como descobriu essa situação inusitada: “Em 2019, eu precisava tirar a segunda via da minha carteira de trabalho, que eu tinha perdido após ser assaltada. Então, fui até uma delegacia da polícia civil fazer o boletim. Chegando lá, o policial colocou meus dados no sistema e apareceu que eu estava desaparecida. A princípio, fiquei sem entender o porquê e criei algumas teorias na minha cabeça, até ele falar que o motivo era porque eu fugi de casa em 2008”, relata ela.

Notícias relacionadas

Dirigível contratado pelo time do São Paulo cai em Osasco e deixa um ferido

Mãe acusa colégio de ser 'conivente' com agressões após filho ser amarrado em cadeira na sala de aula

BA: prefeito de Ilhéus e candidato que disputa eleição são alvos de operação da PF

PUBLICIDADE

O que aconteceu em 2008 foi uma fuga de casa. Aos 14 anos, Dayanara morava com sua tia em Toledo, no oeste do Paraná. “Eu fugi de casa porque acreditava que poderia me virar sozinha. Minha tia foi até o colégio, e lá eles alertaram o conselho tutelar. Minha tia fez o B.O., e após três dias eu voltei. Nós nos encontramos no conselho tutelar, conversaram com meus tios, acharam que estava tudo certo, e fomos para casa. A vida seguiu tranquilamente”, relembra.

Apesar de a vida ter seguido normalmente, o boletim de ocorrência feito naquela época nunca foi baixado, deixando Dayanara como “desaparecida” nos sistemas policiais, mesmo que ela tenha levado uma vida regular, adquirindo documentos, casando, tendo uma filha e até viajando para o exterior. “Fiz CPF, carteira de trabalho, conta em banco, título de eleitor, casei, tive uma filha, fiz carteira de motorista, passaporte, viajei para fora do país (Xangai) e voltei. E foi aí que descobri que estava desaparecida.”

Dayanara destaca que, ao receber a notícia, ficou confusa e achou até que pudesse ter sido vítima de algo mais sério. “Os dois minutos entre o ‘você está desaparecida’ até eu saber o motivo, achei que tinha sido raptada de alguma família rica ou que tinha alguma coisa a ver com a viagem para a China!”, conta, rindo da situação.

Ela também comentou que os sistemas de dados não se comunicam entre si, o que permitiu que essa situação inusitada perdurasse por tantos anos. “Pelo que entendi, os sistemas não conversam entre si, e só depois de 11 anos eu descobri o ocorrido. Após isso, ficou tudo resolvido.”

Ao final, Dayanara tratou o caso com leveza, embora tenha se surpreendido com a descoberta. “Achei engraçada a história, mas na época nem dei muita importância porque estava vivendo normalmente. E depois continuei vivendo normal!”, conclui.

A situação foi regularizada após o episódio, e hoje ela não consta mais como desaparecida nos registros oficiais.

Terra

Comentários

0 comentário(s)

Já tenho cadastro

Entre com seus dados para comentar.

Esqueci minha senha

Quero me cadastrar

Crie sua conta de leitor para participar das discussões.

Seja o primeiro a comentar esta notícia.

Notícias relacionadas