
Megaterremoto na Rússia é registrado pela Rede Sismográfica Brasileira
Mesmo a milhares de quilômetros do epicentro, todas as estações da rede sentiram o megaterremoto
O terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter que atingiu a Península de Kamchatka, no leste da Rússia, na noite de terça-feira (29), foi registrado por por todas as estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).
O projeto monitora a sismicidade brasileira, coordenado pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB), e tem sensibilidade que ultrapassa as movimentações no Brasil e na América Latina.
É comum registrarmos grandes terremotos que ocorrem pelo mundo nas estações instaladas no Brasil, uma vez que as ondas sísmicas viajam pelo interior da Terra e podem ser detectadas mesmo a milhares de quilômetros do epicentro. Os sismógrafos, equipamentos responsáveis por detectar os terremotos, são extremamente sensíveis e capazes de registrar tanto pequenos sismos no Brasil quanto sismos moderados a fortes em outras partes do planetaGilberto Leite, sismólogo do Observatório Nacional e da RSBR
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O terremoto em Kamchatka, com profundidade calculada em 20,7 km pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), foi o mais forte a atingir a região desde 1952. Veja o registro nas estações brasileiras:
Registros do terremoto em estações da Rede Sismográfica Brasileira. • Rede Sismográfica Brasileira (RSBR)
Pelo monitoramento norte-americano, esse foi o sexto maior terremoto já registrado por instrumentos na história. O quinto maior ocorreu na mesma região em 1952, com magnitude 9,0.
Na costa de Kamchatka, ondas entre 3 e 4 metros causaram danos estruturais e evacuações preventivas. As ondas no Japão têm sido menores, variando de 30 centímetros a 1,3 metro.