Mangas, uvas e melões que iriam para os EUA serão redirecionados para mercado interno
Mangas, uvas e melões que seriam exportados para os Estados Unidos serão redirecionados para o mercado interno e enviados para outras regiões do país por causa das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros.
O Rio de Janeiro pode receber algumas destas cargas de frutas, de acordo com a Divisão Técnica da Ceasa, a Central Abastecimento do Estado do Rio. Há a expectativa, inclusive, de que os preços destes produtos apresentem queda, por causa do aumento da disponibilidade no mercado.
Alguns setores já vêm sentindo o impacto das tarifas de maneira praticamente imediata. Foi o que aconteceu com as exportações de pescados. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, Eduardo Lobo, cobrou medidas de curto prazo do governo federal.
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Os setores econômicos ainda esperam negociação direta entre os presidentes Donald Trump e Lula para tentar um acordo sobre as tarifas aplicadas.
Além disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, saiu em defesa do PIX nesta quarta-feira - isso em meio à críticas feitas pelo governo americano, que apontou o sistema de pagamentos instantâneos como um exemplo de ação que teria prejudicado os Estados Unidos.
Segundo Galípolo, em um evento no Rio, o PIX deve permanecer sob a administração do BC para garantir transparência, segurança e isenção.
Galípolo não citou os ataques ao meio de pagamento nem o presidente Donald Trump, mas criticou o que chamou de “narrativas malucas” que distorcem os fatos e dificultam o avanço de discussões sérias sobre inovação. Ao falar sobre o tema, ele defendeu que o PIX permaneça no guarda-chuva do Banco Central.
"É muito importante que o PIX permaneça, e vai permanecer, como uma infraestrutura pública digital que foi desenvolvida pelo Banco Central, porque, se a gente tivesse qualquer tipo de incumbente, vamos dizer assim, sendo gestor do PIX, vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema. O fato de o PIX permanecer como uma infraestrutura pública dentro do Banco Central configura uma rodovia onde todo mundo pode colocar o seu carro, desde que siga as regras adequadas da rodovia", afirmou.
Galípolo ainda tentou amenizar a narrativa de que o PIX vem causando prejuízos a empresas americanas que controlam transações de cartão de crédito. Segundo o presidente do BC, desde que o PIX foi implementado houve um aumento no cadastro de pessoas no sistema bancário, aumentando também a emissão de cartões.
