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Lula retornará à COP30 para tentar destravar negociações
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Política

Lula retornará à COP30 para tentar destravar negociações

Redação com web

O presidente Lula voltará a Belém em 19 de novembro para tentar destravar negociações da COP30, ainda marcadas por impasses, especialmente sobre adaptação às mudanças climáticas e financiamento. Em carta lida por Marina Silva, ele afirmou que se reunirá com líderes internacionais e representantes da sociedade civil para fortalecer a governança do clima. Países mais pobres temem que parâmetros de adaptação sirvam para limitar recursos. Lula, experiente negociador, deve dar peso político à fase final das tratativas antes de seguir para a cúpula do G20 na África do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a Belém na quarta-feira, 19, para tentar ajudar a destravar algumas das negociações da COP30, com muitos temas ainda em aberto e aquém das expectativas do Brasil.

O anúncio foi feito em uma carta lida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o encerramento da chamada Cúpula dos Povos — um encontro de povos indígenas paralelo à COP30 — no domingo.

“Voltarei a Belém no dia 19 de novembro para encontrar o secretário-geral da ONU em um esforço conjunto para fortalecer a governança do clima e do multilateralismo”, disse Lula na carta, acrescentando que terá reuniões com vários países, representantes da sociedade civil, indígenas, governadores e prefeitos.

A conferência entra na sua última semana de negociações ainda com mais dúvidas do que acertos. A presidência brasileira da COP investe na necessidade de fechar as negociações sobre adaptação às mudanças climáticas, mas o tema ainda enfrenta dificuldades.

Um dos pontos centrais, a necessidade de aprovar parâmetros para avaliar o avanço da adaptação, emperra no receio de países mais pobres — especialmente o grupo de países africanos — de que o financiamento para mudanças climáticas seja de alguma forma vinculado a esses parâmetros.

O temor é que, uma vez adotados, os parâmetros possam ser usados pelos países mais ricos para controlar investimentos, seja porque os países não estão cumprindo as metas, seja porque estão cumprindo “bem demais” e teriam passado do ponto de necessidade de recursos externos.

Outras questões, como um programa de trabalho para transição energética, e a eterna discussão sobre financiamento às mudanças climáticas, também não têm avançado como o Brasil esperava.

De acordo com um diplomata brasileiro, o peso político da vinda do presidente, um experiente negociador, pode ajudar a avançar a agenda.

A chegada de Lula na última semana de negociações não é uma novidade. Em outras conferências, presidentes também entraram em campo para tentar ajudar a destravar os tradicionais nós das negociações climáticas.

Depois, Lula embarca para a África do Sul, onde participa no fim de semana da cúpula do G20.

Redação com web

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