Lojistas da 25 de Março manifestam apoio à soberania do Brasil e pedem apoio de Lula contra Trump
O centro de comércio entrou na mira do presidente dos EUA, que aponta venda de produtos falsificados no local e falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual.
A União dos Lojistas da 25 de Março, no Centro de São Paulo, divulgou nesta quinta-feira (17) uma carta direcionada ao presidente Lula em que manifesta apoio à soberania do Estado brasileiro. O documento ainda solicita atenção especial do chefe do Executivo diante da recente abertura de uma investigação comercial por parte dos Estados Unidos.
O maior centro de comércio popular no Brasil e na América Latina entrou na mira do presidente Donald Trump, que aponta venda de produtos falsificados e falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual.
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No documento divulgado pelo governo norte-americano, a região da Rua 25 de Março é apontada como um dos maiores mercados de produtos falsificados do mundo, permanecendo assim há décadas, apesar de sucessivas operações policiais.
A entidade de lojistas afirma, em nota, que embora reconheça a importância da proteção à propriedade intelectual e dos acordos internacionais, é preciso distinguir as atividades ilícitas pontuais - que devem ser combatidas com rigor - e a imagem generalizada de um território economicamente dinâmico e majoritariamente legal.
A carta afirma também que a retórica estrangeira, ao criminalizar um ecossistema comercial que movimenta bilhões de reais, atinge diretamente milhões de trabalhadores honestos, contribuintes, autônomos e pequenos comerciantes.
O comunicado também ressalta que essa postura externa não apenas agride a reputação do Brasil, como também atinge a confiança no diálogo multilateral entre as nações.
Por fim, a entidade afirma que está à disposição do presidente Lula, com propostas para o fortalecimento da legalidade e formalização do setor e pede ao governo brasileiro um apoio mais enfático à atividade econômica organizada na região.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, saiu em defesa do comércio na 25 de Março. Ele disse que a atividade não é ilegal e, se em algum local existir venda de produtos falsificados, cabe à Receita Federal e aos órgãos de combate à pirataria fiscalizar.
