
Jovem morta em vulcão na Indonésia foi forte e aguentou muito, diz médica
Especialista em emergências em áreas remotas explica dificuldades enfrentadas na busca por Juliana Marins no vulcão Rinjani e sugere melhorias para futuras operações
A morte da brasileira Juliana Marins, encontrada sem vida após quatro dias desaparecida no vulcão Rinjani, na Indonésia, levanta questões sobre os desafios enfrentados em resgates em áreas remotas e de alta altitude.
Em entrevista à CNN, a médica Karina Oliani, especialista em emergências em áreas remotas, detalhou as complexidades envolvidas na operação de busca e resgate neste tipo de terreno.
Desafios do terreno e altitude
Oliani ressaltou que o resgate em alta montanha, especialmente em um vulcão com altitude extrema, requer equipes especializadas e treinadas. "O terreno era realmente muito desafiador. Fazer resgate em alta montanha, em vulcão, em altitude extrema, realmente é para equipes especializadas e treinadas", afirmou.
A médica explicou que por conta das condições, a brasileira aguentou muito e foi forte por sobreviver três noites. Oliani sugeriu que, para futuras operações, as autoridades indonésias deveriam considerar a implementação de um "tripé de resgate em altura" adequado para o tipo de terreno vulcânico. Ela também enfatizou a importância de ter equipamentos especializados, como drones capazes de entregar suprimentos, e equipes preparadas para atuar em condições extremas.
"Se eles tivessem um pouco mais de estrutura e recursos, eles teriam que ter um tripé desse na base pronto, porque esse terreno é um terreno muito desafiador para você montar uma ancoragem", explicou a médica.
A tragédia de Juliana Marins serve como um lembrete doloroso da importância da preparação adequada e da necessidade de investimentos em equipes e equipamentos de resgate especializados, especialmente em áreas de alto risco.