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Haddad descarta privatização dos Correios, mas cobra plano de reestruturação ‘consistente’
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Brasil/Mundo

Haddad descarta privatização dos Correios, mas cobra plano de reestruturação ‘consistente’

Redação com web

Fernando Haddad afirmou que o governo Lula não discute a privatização dos Correios, mas condiciona qualquer apoio do Tesouro a um plano de reestruturação sólido da estatal. A empresa enfrenta uma crise profunda, com prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025—um aumento de 222% em relação ao ano anterior—e é hoje a principal responsável pelo déficit das estatais. Após mudanças na liderança, o novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, deverá apresentar um plano consistente para viabilizar o resgate financeiro da companhia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 26, que não há no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um debate sobre privatização dos Correios. Ao mesmo tempo, condicionou um aval do Tesouro Nacional a um plano de resgate da estatal à apresentação de um plano de reestruturação “consistente” por parte da atual diretoria da empresa.

Em entrevista à GloboNews, Haddad disse que somente “muito recentemente” foi informado do “quadro real” dos Correios, que enfrenta um rombo bilionário, e disse ter confiança que a atual diretoria da estatal apresentará um plano que faça sentido.

“O que nós falamos é o seguinte: qualquer solução para esse caso vai passar necessariamente por um plano de reestruturação. Não há como o Tesouro Nacional pensar em algo que não passe por um plano de reestruturação aprovado pelo Tesouro Nacional, que é de quem se pede o aval justamente para conseguir viabilizar financeiramente esse plano”, disse Haddad à GloboNews.

Crise dos Correios

A situação financeira dos Correios atingiu um ponto crítico, com o balanço do primeiro semestre de 2025 revelando um prejuízo estrondoso que superou a marca dos R$ 4 bilhões. Entre janeiro e junho de 2025, a estatal de entregas acumulou perdas de R$ 4,37 bilhões.

O resultado representa um crescimento alarmante de 222% em relação ao prejuízo de R$ 1,35 bilhão reportado no mesmo período do ano anterior (2024). Com essa performance, a empresa se consolida como a principal responsável pelo déficit total do conjunto das empresas estatais brasileiras.

Em meio a este cenário turbulento, a liderança da empresa passou por uma troca. O advogado Fabiano Silva, que havia sido nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência no começo do seu terceiro mandato, solicitou sua demissão em julho de 2025. Após um período interino, o cargo foi efetivamente ocupado em setembro pelo economista Emmanoel Schmidt Rondon.

Redação com web

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