Governo enviará ao Congresso projeto de lei anti-facção
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que o governo Lula enviará ao Congresso um projeto de lei anti-facção para reforçar o combate ao crime organizado e informou que a Polícia Federal abrirá um inquérito “guarda-chuva” sobre facções criminosas. A declaração ocorre após a megaoperação nas favelas da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos e 113 presos, sendo considerada a mais letal da história do estado. A Defensoria Pública apontou indícios de ilegalidades na ação, enquanto o governador Cláudio Castro a classificou como um “sucesso”.
O ministro da Justiça e Segurança Publica, Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encaminhar em breve ao Congresso Nacional um projeto de lei anti-facção, com o objetivo de endurecer o combate à criminalidade organizada.
Lewandowski disse em entrevista à GloboNews ter conversado sobre o assunto com Lula na manhã desta quinta-feira.
O ministro disse também que a Polícia Federal vai abrir um inquérito “guarda-chuva” sobre facções criminosas.
Defensoria se posiciona
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro alega indícios de ilegalidade durante a megaoperação nos complexos de favelas da Penha e do Alemão, na zona norte da capital fluminense, na terça-feira, 28.
A ofensiva conjunta entre as polícias Civil e Militar contra o Comando Vermelho teve 121 mortos. Foram presas 113 pessoas, de acordo com balanço do governo do Rio.
O governador Cláudio Castro (PL) classificou a operação como um “sucesso” e disse que as únicas vítimas foram os quatro policiais que morreram baleados nos confrontos. Foi a operação mais letal da história do Rio.