
Fumaça preta, tradição que ainda polui o ar, volta a sair da chaminé da Capela Sistina no 2º dia de conclave
Por volta das 6h50 (horário de Brasília) desta quinta-feira, 8, o Vaticano liberou a primeira fumaça preta do dia e comunicou que os 133 cardeais eleitores ainda não elegeram um sucessor para o papa Francisco, morto em 21 de abril.
A fumaça foi liberada como resultado de duas votações. Ainda nesta quinta-feira, estão marcadas duas novas votações. O Vaticano só liberará fumaça, no entanto, se houver definição do novo pontífice — neste caso, a fumaça branca –, com ao menos 89 votos dos cardeais.
A previsão, neste caso, é de liberação por volta das 17h.
Fumaça preta na Capela Sistina: tradição que ainda polui o ar
Cidade do Vaticano – Em pleno século XXI, uma tradição centenária da Igreja Católica ainda chama atenção não apenas pela simbologia, mas também pelo impacto ambiental: a fumaça preta liberada pela chaminé da Capela Sistina durante o conclave papal.
O ritual, que indica a não eleição de um novo papa, utiliza a queima de votos juntamente com produtos químicos para produzir a coloração escura e espessa. Embora ocorra raramente, o procedimento levanta debates entre ambientalistas sobre a necessidade de modernizar a tradição. Afinal, em tempos de crescente preocupação climática, até mesmo a fumaça simbólica pode ser repensada.
Apesar de breve, a emissão é visível e tem potencial poluente, contribuindo, mesmo que minimamente, para a carga de partículas no ar. A fumaça branca, sinal da escolha do novo pontífice, também é gerada por combustão, porém com compostos diferentes.
Em um mundo que busca cada vez mais sustentabilidade, fica a pergunta: não seria hora de um sinal menos poluente para anunciar o líder de uma instituição tão influente?