
Farmacêuticos do HGE apresentam estudo promissor sobre o uso de antimicrobianos em fórum nacional
Farmacêuticos do Hospital Geral do Estado (HGE) realizaram um estudo promissor que contribui com a qualidade dos serviços e que visa a eficiência e o uso racional de antimicrobianos – substâncias que combatem microrganismos como bactérias, fungos, vírus e parasitas. O estudo foi apresentado na quarta-feira (17), na 13ª edição do Fórum Brasileiro Sobre Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, em Belo Horizonte (MG).
A pesquisa sobre o “Perfil Farmacoeconômico e de Dispensação de Antibióticos da Farmácia da Unidade de Terapia Intensiva (UTI Geral) do HGE no ano de 2024” foi classificada entre as melhores já produzidas no país. Ela colabora com o uso racional, com a diminuição do tempo de internação, dos índices de mortalidade e, consequentemente, dos custos assistenciais, os quais podem ser direcionados a outros investimentos estratégicos para saúde pública.
“Nos unimos para coletar dados disponíveis em planilha eletrônica de controle de dispensação de antibióticos, gerenciada e mantida pela equipe farmacêutica do HGE. No conteúdo estão incluídos dados demográficos, posologia, desfecho e fármaco prescrito. Tudo previamente avaliado e uso autorizado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição, assegurando a conformidade ética e a segurança das informações”, explicou o farmacêutico Antônio Thomás da Silva.
Também participaram da investigação, os farmacêuticos Lindon Johoson Diniz Silveira, João Batista Dos Santos Neto, Júlio Henrique Rodrigues Gomes, João Paulo Toledo Voss, Amanda Maria Paixao Soares, Larissa Costa Santos e Thays Sousa Fontes. Segundo eles, a elevada prescrição de Meropenem, um antibiótico indicado para o tratamento de infecções graves, comprova um cenário de tratamento voltado para infecções complexas e potencialmente multirresistentes.
“Contudo, nós geramos indicadores de qualidade para nortear a melhoria dos serviços e identificar discrepâncias no padrão de prescrição. Também está evidente a importância de fortalecer a atuação do farmacêutico clínico em colaboração com a CCIH [Comissão de Controle de Infecção Hospitalar], visando a otimização dos fluxos de controle e dispensação, promovendo o uso racional de antimicrobianos e a segurança do paciente. Vale comentar que esse diagnóstico situacional é a base para justificar a futura implementação de um Programa de Gerenciamento de Antimicrobianos (Antimicrobial Stewardship) no HGE”, concluiu o farmacêutico.
Por dia, mais de 500 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) recebem medicações no HGE, desde o setor de medicação para os pacientes que podem continuar o tratamento em casa, até os que estão internados na UTI, seja ela para crianças ou adultos. Na Farmácia Central, também são desenvolvidos estudos ligados à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos.
“O nosso objetivo é sempre a qualidade dos resultados alcançados nas assistências. Por isso a nossa busca constante pela melhor assistência farmacêutica. Nós avaliamos o desempenho de uma gama de antibióticos, observamos a sua melhor forma de diluição e estabilidade durante o preparo. No atendimento, o médico indica o antibiótico recomendado para o tratamento e nós garantimos que ele esteja disponível para iniciar e terminar o tratamento”, pontuou a coordenadora do Serviço de Abastecimento Farmacêutico (SAF), Evelyn Lima.