Evite golpes na Black Friday; saiba maneiras de se proteger

Com a chegada da Black Friday, consumidores de todo o país se preparam para aproveitar descontos e promoções. Mas, junto com as ofertas, cresce também o número de golpes e fraudes virtuais. Pensando nisso, a CBN procurou o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) para entender como o consumidor pode se proteger.

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Segundo, Carina Minc, assessora chefe do Procon-SP, o primeiro passo é verificar se o preço realmente representa uma oferta vantajosa e se há necessidade real da compra.

"O diferencial da Black Friday é o preço, só que o consumidor tem que monitorar esse preço para verificar se ele efetivamente é uma oferta positiva para ele ou não e, muito importante, se ele precisa mesmo daquele produto."

Entre as principais recomendações está a atenção aos detalhes dos sites onde as compras serão realizadas. Endereços eletrônicos suspeitos, erros de português e a oferta de apenas uma forma de pagamento, especialmente via Pix, são sinais de alerta que podem indicar páginas fraudulentas.

Além disso, o Procon chama atenção para os problemas mais comuns registrados durante o período de promoções, como "maquiagem de preços", produtos que desaparecem do estoque após serem adicionados ao carrinho, e cobranças de frete abusivo.

"Temos a maquiagem de preços, temos a oferta que está disponível quando você coloca no carrinho e ela não está mais disponível, a questão do frete. O consumidor tem que ficar muito atento ao frete, qual é a data de entrega, valor do frete cobrado posterior, vários desses tipos de conduta acontecem na Black Friday e é muito importante a atenção do consumidor. Verificando qualquer dessas situações, printe as telas e depois faça sua reclamação junto à empresa e no Procon."

Como a maioria das compras ocorre pela internet, Carina reforça a importância da proteção digital. O Procon recomenda comprar apenas em sites de confiança e realizar uma pesquisa ampla de preços, utilizando comparadores online para identificar ofertas reais.

Caso o consumidor identifique um golpe, as orientações variam de acordo com o tipo de pagamento. Se a transação foi feita via Pix, o cliente deve entrar em contato imediatamente com o banco para acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Em casos de compra com cartão de crédito, é preciso notificar a administradora para bloquear o pagamento.

“É muito importante o consumidor ficar mesmo atento. Sendo vítima, procure o banco, procure a loja e não tendo sucesso em nenhum dos dois fornecedores, procure a Fundação Procon São Paulo, que nós estamos disponíveis para ajudar todos os consumidores do Estado.”

📢 Dicas do Procon para evitar golpes na Black Friday

1. Avalie se a oferta é realmente vantajosa

• Monitore os preços com antecedência para verificar se há desconto real.
• Questione se a compra é realmente necessária antes de aproveitar a promoção.

2. Verifique a confiabilidade do site

• Confira se o endereço eletrônico é verdadeiro e seguro.
• Desconfie de sites com erros de português, layout amador ou que ofereçam apenas uma forma de pagamento, especialmente via Pix.
• Prefira lojas conhecidas ou recomendadas.

3. Fique atento a práticas enganosas

• "Maquiagem de preços": produtos com falso desconto.
• Indisponibilidade repentina: itens que somem do carrinho antes da finalização da compra.
• Frete abusivo: observe o valor e o prazo de entrega antes de confirmar o pedido.

4. Registre provas em caso de problema

• Faça prints das telas mostrando ofertas, valores e prazos.
• Guarde e-mails de confirmação e comprovantes de pagamento.
• Use esses registros para reclamar na empresa e, se necessário, no Procon.

5. Saiba o que fazer se cair em um golpe

• Pagou via Pix: entre em contato imediatamente com o banco e acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED).
• Pagou com cartão de crédito: comunique a administradora para tentar bloquear ou estornar o pagamento.
• Caso não consiga resolver, registre reclamação no Procon.