
EUA anunciam caução de até US$ 15 mil em novo teste para vistos
Medida faz parte de projeto-piloto para conter estrangeiros que excedem tempo permitido de permanência
O governo dos Estados Unidos revelou nesta segunda-feira (4) um programa-piloto que prevê a cobrança de cauções de até US$ 15 mil (aproximadamente R$ 82 mil) para determinados pedidos de vistos de turismo e negócios.
A iniciativa, que entrará em vigor em duas semanas, tem como objetivo reduzir casos de visitantes que permanecem no país além do prazo autorizado.
Leia também
Taxação dos EUA preocupa indústria brasileira de pneus, diz ANIP
Haddad descarta retaliação do governo contra tarifaço dos EUA
Visto K-1 permite casamento com cidadão dos EUA
De acordo com o comunicado oficial, publicado no Federal Register, a regra será aplicada a solicitantes dos vistos B-1 (negócios temporários) e B-2 (turismo, lazer ou tratamento médico) oriundos de países classificados pelo governo norte-americano como de “altas taxas de permanência irregular” e com falhas nos sistemas de verificação.
O programa terá duração inicial de 12 meses. A lista de países afetados será divulgada com pelo menos 15 dias de antecedência, podendo sofrer alterações ao longo do período de teste.
Os valores da caução variam entre US$ 5 mil, US$ 10 mil e US$ 15 mil, sendo que, segundo o Departamento de Estado, a cobrança mínima deve girar em torno de US$ 10 mil.
Essa não é a primeira tentativa de adoção da medida. Em 2020, o Departamento de Segurança Interna chegou a propor um modelo semelhante, que incluiria viajantes de 24 países, mas a ideia foi suspensa devido à queda drástica das viagens internacionais durante a pandemia de Covid-19.
Agora, a nova proposta é apresentada em resposta à ordem executiva 14159, assinada pelo então presidente Donald Trump, intitulada “Protegendo o Povo Americano Contra a Invasão”.
O governo afirma que a medida será acompanhada de perto e ajustada conforme os resultados ao longo do período experimental.