Assine a newsletter
Brasil/Mundo

Eduardo Bolsonaro rebate Zema e acusa governador de defender ‘elite financeira’

Istoé com Estadão

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rebateu as críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), feitas em entrevista ao Estadão/Broadcast na última segunda-feira, 21. Nesta quarta-feira, 23, o parlamentar acusou Zema de defender “sua turminha da elite financeira” ao criticar a taxação anunciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

Na entrevista ao Papo com Editor, Zema afirmou que Eduardo Bolsonaro “criou um problema para a direita brasileira” ao articular com Trump a imposição de tarifas de 50% sobre produtos nacionais importados. O governador sugeriu que a ação de Eduardo visava evitar a prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As críticas de Zema

“Ele [Trump] está penalizando inclusive empresas americanas instaladas aqui, empresas brasileiras, brasileiros que exportam para os Estados Unidos. E, realmente, a posição que foi adotada pelo filho do ex-presidente [Eduardo] não foi a mais correta. Acho que isso acabou causando um problema para a direita”, declarou Zema na entrevista.

A resposta de Eduardo Bolsonaro

Em contrapartida, Eduardo Bolsonaro disparou: “Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver. Ao que parece, estava tudo uma maravilha enquanto era senhora e mãe de família comum sendo destroçada pela tirania”.

A fala de Eduardo faz referência aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foram invadidas e depredadas. O deputado defende a anistia para os envolvidos nos atos, o que poderia beneficiar seu pai, réu em ação sobre tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro usa o argumento das “elites” para criticar governadores. Em 15 de julho, ele classificou a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como “subserviência servil às elites” após Tarcísio se reunir com empresários para discutir um aumento de tarifas.

Istoé com Estadão

Notícias relacionadas