
Descarte errado de lixo põe em risco catadores e garis; aprenda a maneira correta
Em 2023, 50 profissionais de limpeza urbana foram feridos por esse tipo de material em Maceió. Se a pessoa que fez o descarte irregular for identificada, ela pode ser multada em até R$ 1.200.
Materiais que podem cortar ou perfurar são extremamente perigosos quando não descartados de forma correta. Além de machucar pessoas e animais que mexem no lixo antes de ser recolhido, podem prejudicar os garis. Em 2023, 50 profissionais de limpeza urbana foram feridos por esse tipo de material.
De acordo com a Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) de Maceió, as ocorrências registradas foram por pregos, espetos de churrasco, lâminas de barbear, latas, entre outros perfurocortantes descartados de maneira irregular.
Se a pessoa que fez o descarte irregular for identificada, ela pode ser multada em até R$ 1.200. Pietra Alcântara, sanitarista da Alurb, explica como descartar o lixo de maneira correta.
"Nossa orientação é que, quando for descartar esse tipo de lixo, coloque-o sempre em uma caixa de papelão, ou uma garrafa PET, com um aviso de que o material é cortante", orienta a sanitarista.
Além disso, alguns resíduos podem ser reciclados. Nesses casos, o ideal é que a destinação seja feita de maneira que possibilite a reciclagem, sinalizando e separando o resíduo do lixo comum (clique aqui para saber onde e como descartar material reciclável).
"Também é preciso ficar atento que o lixo doméstico do dia a dia jamais deve ser misturado com o lixo da área da saúde. Nesse caso, o descarte de seringas ou ampolas de vidro deve ser feito dentro de um papelão ou de uma garrafa PET com um aviso, porém, de forma separada", explica Pietra.
Garis feridos precisam ser atendidos em hospital e vacinados
Em caso de acidentes, o gari é encaminhado ao hospital. Se o ferimento for ocasionado por latas ou pregos, o funcionário é vacinado contra o tétano.
"Já me machuquei diversas vezes na perna e na mão, pois quando esses materiais ficam desprotegidos, acabamos não vendo e arremessando a sacola dentro do caminhão de lixo, fazendo com que os estilhaços nos cortem", disse Welligton Monteiro, gari.
Nos casos de acidentes biológicos, com agulhas, os colaboradores são levados ao Hospital de Doenças Tropicais e passam por uma série de exames.
A depender do tipo de agulha, e se continha sangue, toma um coquetel de medicamentos. Além disso, são monitorados por seis meses e precisam retornar ao HDT para fazer novos exames, tudo isso para garantir que eles não estão infectados por algum vírus ou que possam receber o tratamento correto no caso de uma infecção.