Deputado Carlos Jordy possui ‘forte ligação’ com organizadores dos atos golpistas, afirmam PGR e Moraes

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo na manhã desta quinta-feira, 18, da 2ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF (Polícia Federal) com o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. A PGR (Procuradoria Geral da República) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmaram que há uma “forte ligação” do parlamentar com os organizadores dos atos.

De acordo com a “Globo News”, conversas por mensagem de celular indicam que Carlos Victor de Carvalho, ex-assessor do deputado estadual Fillipe Poubel (PL), teria pedido orientações e autorizações a Jordy para organizar atos golpistas após as eleições de outubro de 2022.

Segundo a PGR, os dois teriam se falado por telefone no dia 17 de janeiro de 2023, uma semana após os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadirem e depredarem a praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Ainda de acordo com a PGR, Carlos tinha o “hábito de trocar mensagens” com o deputado federal. São 627 registros, entre mensagens de texto, áudio, anexos e ligações. A maioria ocorreu entre agosto e outubro de 2022.

Carlos Jordy se posiciona sobre o ocorrido

Por meio de uma publicação nas redes sociais, o parlamentar afirmou: “Nunca apoiei qualquer tipo de ato”.
“Eu não tinha noção do que se tratava, até ter acesso às notícias que estão circulando e falando sobre a questão do 8 de janeiro. É inacreditável o que estamos vivendo. Esse mandado de busca e apreensão foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal). Isso é a verdadeira constatação de que nós estamos vivendo em uma ditadura”, disse o deputado.

Depois, ele foi à sede da PF no Rio de Janeiro, onde prestou depoimento por cerca de uma hora.

“Eu tenho muita tranquilidade. A não ser que estejam fazendo alguma armação para mim. E tudo me leva a crer que é isso. É uma pesca probatória com viés político”, disse ele à imprensa.

Recentemente, ele escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter): “A covardia feita hoje é sintomática. Estamos numa ditadura que distorce e manipula fatos para perseguir adversários. Que Deus olhe pelo Brasil!”.