Cláudio Castro chama operação mais letal do país de ‘sucesso’: ‘Se inocente morreu, foi irrisório’
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defendeu a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou ao menos 119 mortos, afirmando ter “total tranquilidade” quanto à ação, que, segundo ele, visava cumprir mandados após mais de um ano de investigação. Castro declarou que as verdadeiras vítimas foram os quatro policiais mortos e que os confrontos ocorreram em área de mata, classificando os demais mortos como criminosos, salvo possíveis “erros residuais”. Ele considerou a ofensiva, que mobilizou 2,5 mil agentes, um “sucesso” contra o crime organizado.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse nesta quarta-feira, 29, que tem “total tranquilidade” em defender a operação policial contra a facção criminosa Comando Vermelha nos complexos de favelas do Alemão e da Penha que deixou dezenas de mortos.
Em entrevista coletiva, Castro afirmou que a operação visava cumprir mandados judiciais após mais de uma ano de investigação e que as únicas vítimas de verdade da operação foram os quatro policiais que morreram nos confrontos.
O governador ressaltou que os confrontos entre policiais e criminosos não ocorreu “em áreas edificadas”. “Não creio que estivesse alguém passeando na mata em um dia de conflito e, por isso, a gente pode tranquilamente classificar [os mortos como criminosos] e se tiver algum erro de classificação ele com certeza é residual, irrisório”, afirmou.
Castro defendeu ainda o “sucesso” da ofensiva – que envolveu 2,5 mil policiais, blindados e helicópteros – para avançar sobre um território dominado pelo crime organizado.
O Rio de Janeiro amanheceu nesta quarta-feira com dezenas de corpos enfileirados em uma rua perto de uma região de mata onde foram relatados intensos tiroteios durante a madrugada. Último balanço oficial divulgado pelo governo estadual aponta que 119 pessoas morreram. O número, no entanto, ainda pode aumentar.