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Cigarro faz mal aos animais: entenda os riscos do tabagismo passivo
Tabagismo passivo pode fazer mal aos animais de estimação; entenda os efeitos a longo prazo para os bichinhos – Reprodução: Edgar Daniel Hernández Cervantes/Pexels
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Cigarro faz mal aos animais: entenda os riscos do tabagismo passivo

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Especialista da Cobasi alerta sobre os riscos do tabagismo passivo para pets

Especialistas alertam para um tema pouco discutido, mas que merece atenção: os perigos do tabagismo passivo para os animais de estimação. A exposição frequente à fumaça do cigarro transforma cães, gatos e outros pets em fumantes passivos, trazendo riscos sérios à saúde. “Os danos são tão graves quanto os enfrentados por humanos. A nicotina, por exemplo, é extremamente tóxica para os animais de companhia e pode desencadear problemas imediatos e crônicos”, explica Lysandra Guidi, médica veterinária e analista de Educação Corporativa da Cobasi.

Todas as espécies domésticas podem ser afetadas: cães, gatos, aves, roedores e até peixes. No entanto, os felinos estão entre os mais vulneráveis. “Eles se lambem com frequência e acabam ingerindo partículas tóxicas que se acumulam nos pelos, na pele e nos arredores. Isso eleva muito o risco de doenças, inclusive câncer”, alerta a especialista.

Quais são os riscos para a saúde?

O tabagismo passivo pode causar danos à saúde dos pets, incluindo desde doenças respiratórias — como bronquite, asma, pneumonia e tosse persistente — até problemas neurológicos, cardiovasculares, irritações de pele, mucosas e diferentes tipos de câncer.

Mas os riscos não vêm apenas da fumaça. Bitucas e cigarros largados em locais acessíveis podem causar intoxicações graves se ingeridos. Sem contar as cinzas e pontas acesas, que oferecem risco de queimaduras e irritações. Além disso, os resíduos tóxicos do cigarro se fixam em superfícies da casa, roupas e até na pele dos próprios animais, contaminando o ambiente em que eles vivem.

Como proteger os animais?

Para protegâ-los, tutores fumantes devem adotar cuidados simples, mas importantes. “Evite fumar perto dos animais, especialmente em locais fechados, como casa e carro. Após fumar, higienize as mãos, troque de roupa e mantenha o lugar sempre limpo, com atenção especial para tapetes, cortinas e estofados”, recomenda a veterinária.

Alguns sinais de que o peludinho pode estar sofrendo com a exposição à fumaça incluem dificuldade para respirar, tosse, olhos lacrimejantes, cansaço excessivo, salivação intensa, vômitos e até alterações comportamentais, como apatia ou irritabilidade. Em aves, é comum observar respiração de bico aberto. “Se o tutor notar qualquer mudança incomum no comportamento ou na saúde do animal, deve procurar um médico veterinário imediatamente e informar sobre a presença de fumantes no ambiente. Esse detalhe pode ser essencial para um diagnóstico mais rápido e preciso”, finaliza Lysandra.

*Texto de Joaquim Werneck, da FSB Comunicação

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