Assine a newsletter
Cidade da Pessoa Idosa traz dignidade e esperança em Maceió
Divulgação
Maceió

Cidade da Pessoa Idosa traz dignidade e esperança em Maceió

Redação com assessoria

A Cidade da Pessoa Idosa, em Maceió, revitalizou um espaço na Ponta Grossa para acolher idosos a partir de 60 anos em situação de abandono, negligência ou violência, oferecendo moradia permanente, saúde, lazer e convivência. Com capacidade para 35 residentes e atendimento 24h, o local já abriga 18 idosos, acompanhados por equipe multiprofissional que trabalha para garantir direitos, fortalecer vínculos familiares e promover dignidade. Além do cuidado diário, o espaço desenvolve projetos de reinserção social e cultural, como alfabetização em parceria com a UPE e oficinas artesanais do CRAS.

Em Maceió, um espaço que antes estava em ruínas hoje renasce como símbolo de dignidade e cuidado. A Cidade da Pessoa Idosa foi criada para acolher homens e mulheres a partir dos 60 anos que viveram situações de abandono, negligência ou violência. No local, eles encontram moradia, saúde, lazer e, principalmente, a oportunidade de reconstruir vínculos e retomar o sentido de pertencimento.

 

O prédio, localizado na Praça Ciro Acioly, no bairro da Ponta Grossa, foi totalmente revitalizado e hoje oferece moradia digna, atendimento de saúde, atividades de lazer, convivência e acolhimento. O espaço funciona como residência permanente, com atendimento 24 horas, e já começa a transformar a vida de dezenas de idosos.

 

Segundo a coordenadora geral do espaço, Djani Pacheco, a maioria dos moradores chega após enfrentar situações de abandono ou violência. “Aqui eles contam com equipe multiprofissional, alimentação, segurança, lazer e atividades culturais. Nosso objetivo é resgatar a autonomia e oferecer dignidade”, afirmou.

Coordenadora geral do espaço, Djani Pacheco. Foto: Beto Macário/Secom Macário

Coordenadora geral do espaço, Djani Pacheco. Foto: Beto Macário/Secom Macário

A assistente social Elitânia Lins explica que, além da acolhida inicial, a equipe atua para reaproximar os idosos de suas famílias e garantir direitos básicos. “Buscamos fortalecer vínculos, restabelecer documentação e assegurar benefícios, para que cada pessoa tenha sua cidadania respeitada”, destacou.

Assistente social Elitânia Lins. Foto: Beto Macário/Secom Maceió

Assistente social Elitânia Lins. Foto: Beto Macário/Secom Maceió

 

Entre os corredores coloridos e ambientes preparados para receber bem, surgem histórias que emocionam. Ademilda Pereira de Assis, 76 anos, vive no local há quase um ano e fala com carinho sobre o cuidado recebido: “Aqui eu sou bem cuidada, tomo meus remédios certinho e recebo toda a atenção que preciso”, conta, exibindo as unhas bem feitas, sinal de sua vaidade. Com esperança no futuro, ela aguarda a cirurgia de catarata que deve devolver sua visão. “O meu maior sonho é voltar a enxergar. É nisso que eu penso todos os dias”, diz emocionada.

Ademilda Pereira de Assis, 76 anos. Foto: Beto Macário/Secom Maceió

Ademilda Pereira de Assis, 76 anos. Foto: Beto Macário/Secom Maceió

Outro morador, Álvaro Sotério, 78 anos, recorda com leveza parte de sua história e celebra o acolhimento que recebe no espaço. “Eu quase me formei em medicina, cheguei até o terceiro ano; eram horas de estudo, era puxado”, lembra, entre risos. Hoje, orgulha-se da convivência que tem com a equipe: “Estou muito feliz aqui. Gosto muito do fisioterapeuta William, a gente conversa, eu adoro isso”. A fala de Álvaro traduz a sensação de acolhimento e o reencontro com pequenas alegrias do dia a dia.

 

Atualmente, a Cidade da Pessoa Idosa tem capacidade para 35 residentes e já acolhe 18. O acesso pode se dar por encaminhamentos do CRAS, Ministério Público, serviços de saúde, demandas espontâneas de famílias ou até solicitações feitas diretamente pelos idosos.

 

Além da moradia e cuidados diários, o espaço também desenvolve projetos de reinserção social e cultural. Entre eles, uma parceria com a Universidade de Pernambuco para ofertar alfabetização aos moradores e atividades periódicas realizadas por artesãs do CRAS, que promovem oficinas manuais no espaço.

Redação com assessoria

Notícias relacionadas