CHÃ PRETA NEGRA ESCRITOR LANÇA OBRA INÉDITA SOBRE UM MOCAMBO DO SÉCULO XVII.
Lançamento
O escritor alagoano, advogado e folclorista Olegário Venceslau de
Oliveira, após anos de intensas pesquisas em arquivos públicos, antigos jornais
da província de Alagoas e depoimentos orais, chegou ao conhecimento da
existência de um reduto de escravos no século XVII, em terras do atual Município
de Chã Preta. Segundo Venceslau, tal aldeamento de negros fugitivos era
chamado de mocambo de Osenga, que se localizava na região próxima a fazendas
fazendas Jundiá e Mata Limpa.
Tais informações baseiam-se em documentos e escritos de outros
importantes historiadores brasileiros, a exemplo de Nina Rodrigues, Alfredo
Brandão e Edison Carneiro, que já apontavam esta localidade, outrora
pertencente à Viçosa [atualmente Chã Preta] como um dos importantes
mocambos pertencentes a Palmares. Embora a historigrafia fale pouco desse
assunto, o advogado Olegário resolveu transformar suas pesquisas no seu mais
novo livro intitulado “Mocambo de Osenga: um reinado africano em Chã Preta
no século XVII”, onde o autor munido de uma vasta gama de documentos e
informações, aborda de forma sistemática e contundente a existência de um outro
quilombo remanescente de Palmares na zona da mata alagoana, que foi visitado
pelo holandês capitão Johan Blaer em meados de 1645, cuja narrativa de tal
expedição consta em seu livro de bordo “Diário do Capitão Blaer”, cuja original
se encontra no Museu de Louvre, na França.
Nesta obra, o escritor chã-pretense Olegário aborda o surgimento deste
mocambo na primeira metade do século XVII, o modo de vida dos escravos que
ali habitavam, seus costumes, sua etnia, religiosidade e resistência as invasões
por várias décadas.
Olegário Venceslau de Oliveira e Silva, é natural de Chã Preta, advogado há
mais de dez ano, além de ser escritor com nove livros já publicados. Ocupou a
presidência da Comissão Alagoana de Folclore- CAF e da Academia Alagoana
de Cultura- AAC. Atualmente é membro do Instituto Histórico e Geográfico do
Rio Grande do Norte, Paraná e Espírito Santo, além de fazer parte da Academia
Maceioense de Letras. Desde cedo despontou seu interesse pela cultura e história
através do convívio diário com os folcloristas Pedro Teixeira e Laurinda
Vasconcelos, quando ainda era aluno do então Escola Cenecista Professora
Amélia Vasconcelos em meados de 1997. O livro “Mocambo de Osenga: um
reinado africano em Chã Preta do século XVII”, está prevista para ser lançado na
sehunda quinzena de Dezembro, na cidade de Chã Preta.
Obras Publicadas: Duas Lanças- 100 anos de Cavalhada em Chã-Preta; Mestres do
Folclore Brasileiro; Coletânea de poetas chã-pretenses; Cônego Jatobá- um apóstolo em
Viçosa; Banguê, Fornalha e Bagaceira; Ecos de uma homilia; Reisado não dança mais e
Memórias políticas de Chã Preta e Monólogos de final de tarde (poemas).