Bolsonaro pede ao STF autorização permanente para visitas de Michelle
A defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes autorização permanente para que Michelle Bolsonaro possa visitá-lo duas vezes por semana na carceragem da PF em Brasília, sem necessidade de pedidos individuais. O requerimento inclui também uma visita excepcional nesta quinta-feira (18) e ocorre após Moraes negar cadastro prévio de familiares. Enquanto isso, o ex-presidente passa por perícia médica para avaliação de seu estado de saúde.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de autorização permanente para visitas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pedido prevê que ela possa visitar o marido, preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, às terças e quintas-feiras.
Atualmente, a defesa precisa submeter cada solicitação de visita ao gabinete do ministro, relator do processo, e os visitantes só podem entrar mediante autorização judicial.
Na semana passada, Moraes rejeitou um pedido para que Michelle e os filhos do ex-presidente fossem cadastrados para acessar a carceragem de segunda a sexta-feira, nos horários permitidos, sem necessidade de autorização prévia do STF.
No pedido protocolado nesta quarta-feira, 17, a defesa também solicitou autorização para uma visita de Michelle e de seu irmão, Eduardo Antunes Torres, nesta quinta-feira, 18.
“Tal medida permitirá que eventuais pedidos futuros se restrinjam apenas à indicação dos demais visitantes autorizáveis, sem qualquer alteração das condições previamente estabelecidas, contribuindo para a organização administrativa e evitando sucessivas petições de idêntico conteúdo”, argumentaram os advogados.
Perícia médica
Bolsonaro passa por uma perícia médica nesta quarta-feira, para avaliar seu estado de saúde. O despacho que determinou o procedimento foi publicado na segunda-feira, 15, por Moraes.
A decisão registra que, no exame médico realizado durante o cumprimento do mandado de prisão, em 22 de novembro, não houve indicação de qualquer condição que justificasse a necessidade de intervenção cirúrgica imediata.