Ativista bielorrusso e organizações da Rússia e Ucrânia recebem Nobel da Paz
Os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz de 2022 foram anunciados nesta sexta-feira, 7, e são eles: o ativista Ales Bialiatski, preso na Bielorrússia; a organização Memorial, considerada um pilar da sociedade civil na Rússia, que foi perseguida pelos tribunais do país; e a Center for Civil Liberties, da Ucrânia.

Segundo os organizadores, os vencedores “representam a sociedade civil em seus países de origem”.
O anúncio foi realizada em Oslo, na Noruega, no momento em que a Europa testemunha nova guerra após a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada há quase oito meses.
O Comité Nobel Norueguês justificou a atribuição dos prêmios aos esforços dos três laureados na denúncia de crimes de guerra, de abuso do poder e de violações dos direitos humanos.
Ales Bialiatski é fundador do centro para os Direitos Humanos Viasna (que significa primavera) e um dos principais nomes da oposição ao atual presidente do país, Aleksandr Lukashenko, aliado de Vladimir Putin e frequentemente acusado de perseguir e prender opositores e de violar direitos humanos no país.
“(O prêmio) não é apenas para ele (Bialiatski), mas para todos os prisioneiros políticos que temos atualmente em Belarus”, declarou a integrante do comitê do Nobel Berit Reiss-Andersen, que anunciou os vencedores.
O Prêmio Nobel da Paz, no valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,7 milhões) será entregue em Oslo em 10 de dezembro, que é a data do aniversário da morte do sueco Alfred Nobel, que fundou os prêmios em seu testamento de 1895.