Assine a newsletter
Anvisa autoriza uso do Mounjaro no tratamento da obesidade
Mounjaro - (crédito: Sweet Life/Unsplash)
Saúde

Anvisa autoriza uso do Mounjaro no tratamento da obesidade

Correio Braziliense

Antes restrito ao controle do diabetes tipo 2, medicamento agora também poderá ser prescrito para perda de peso associada à comorbidades

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (9/6), o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da obesidade. Até então, o remédio era autorizado no Brasil apenas para pacientes com diabetes tipo 2. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e amplia as possibilidades terapêuticas para pessoas com sobrepeso e doenças associadas.

O Mounjaro é uma caneta injetável de aplicação semanal que já estava disponível no país desde maio. Concorrente direto do Ozempic (semaglutida), o remédio pertence à farmacêutica Lilly e se destaca por agir em dois hormônios responsáveis pela regulação do apetite e da glicose no sangue. Segundo a fabricante, é a primeira medicação com essa atuação dupla a receber aprovação regulatória.

Com a nova liberação, o medicamento poderá ser prescrito para pessoas com obesidade desde que a condição esteja associada a ao menos uma comorbidade, como hipertensão ou dislipidemia. A Anvisa também determinou que a compra da tirzepatida deve seguir protocolos rigorosos, com retenção da receita médica medida que já vale para outras canetas emagrecedoras.

A decisão representa mais uma etapa no avanço dos tratamentos farmacológicos contra a obesidade, condição que atinge quase um quarto da população adulta brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde. Especialistas alertam, no entanto, que o uso de medicamentos como o Mounjaro deve ser acompanhado por profissionais de saúde e integrado a mudanças de hábitos alimentares e de atividade física.

A tirzepatida será vendida nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg, com caixas contendo quatro canetas. No programa de fidelidade da fabricante, os preços variam entre R$ 1.406,75 (versão de 2,5 mg no e-commerce) e R$ 1.859,65 (versão de 5 mg em loja física). Fora do programa, os valores podem chegar a R$ 2.384,34.

A inclusão do Mounjaro no arsenal contra a obesidade é vista como um avanço por médicos e associações de endocrinologia. Ainda assim, o alto custo do tratamento pode limitar o acesso para parte significativa da população. Até o momento, não há previsão de inclusão do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Correio Braziliense

Notícias relacionadas