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7 de setembro: discurso de Lula enfatizará defesa da soberania
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Política

7 de setembro: discurso de Lula enfatizará defesa da soberania

Correio Braziliense

Em pronunciamento, neste sábado, pelo 7 de Setembro, presidente também deve enaltecer o Pix e destacará o projeto de isenção do Imposto de Renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou pronunciamento de 7 de Setembro, que vai ao ar neste sábado, no qual ele deve retomar o discurso da soberania brasileira, fazer a defesa do Pix e destacar o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

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O pronunciamento ecoa o mote do desfile oficial, a ser realizado neste domingo. A ideia é dar uma resposta à tentativa de influência dos Estados Unidos no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que ele é réu por tentativa de golpe de Estado e que deve chegar à conclusão na próxima semana.

A expectativa é de que Lula também volte a criticar opositores que defendem as sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump ao Brasil, como a sobretaxa de 50% a produtos brasileiros, a suspensão de vistos de autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos últimos dias, Lula vem criticando especialmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), principal articulador das medidas contra o Brasil. O chefe do Executivo defende que a Câmara dos Deputados casse o mandato do parlamentar e o chama de "traidor da pátria".

O tema da soberania também será defendido em manifestações organizadas em todo o país por movimentos sociais, que pedem, ainda, a prisão de Bolsonaro. Os grupos criticam as sanções impostas pelos Estados Unidos e vão defender pautas como o fim da escala 6x1.

Por outro lado, bolsonaristas organizam os próprios protestos, contra o julgamento do ex-presidente. O principal ato em defesa de Bolsonaro será na Avenida Paulista, que deve contar com a presença de políticos e aliados do ex-chefe do Executivo.

Forças Armadas

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que as Forças Armadas devem respeitar a decisão do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. No banco dos réus, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão da reserva, e outros militares, dos quais cinco de alta patente.

"O lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da Justiça. Isso é um assunto da Justiça e da política. As Forças Armadas são diferentes, elas servem ao país. Nós estamos conscientes de que tínhamos que passar por isso tudo e estamos serenos, esperamos o veredicto da Justiça, que será cumprido", afirmou Múcio.

Sobre o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, cujos textos da oposição buscam incluir o perdão a Bolsonaro, Múcio evitou falar sobre o mérito da proposta, mas declarou que a "queda de braço entre Poderes não serve ao país".

As declarações foram dadas na saída do Palácio da Alvorada, onde ele e Lula almoçaram com comandantes e ex-comandantes das Forças Armadas. Segundo o ministro, o presidente ficou "extremamente satisfeito" no diálogo com os militares.

No encontro, também foi discutido o planejamento do desfile de 7 de Setembro. Segundo Múcio, o planejamento será como os dos anos anteriores e prometeu uma "festa bonita na Esplanada". O comandante do Exército, general Tomás Paiva, estimou que 9.500 pessoas estão envolvidas na cerimônia.

Múcio também comentou sobre as recentes tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, que podem escalar em um conflito militar. Ele ressaltou que as Forças Armadas já haviam organizado manobras na região e que a presença militar vai evitar que o Norte do país se torne uma "trincheira" na disputa entre Venezuela e EUA.

Ele ressaltou que os militares brasileiros não se mobilizam nem para ficar do lado dos venezuelanos nem dos americanos. "É como uma briga de vizinho. Eu não quero que eles mexam no meu muro e não troquem a fiação que acende a frente da minha casa. Torcemos para que passe. Evidentemente, eles devem ter os seus motivos", declarou o ministro da Defesa. (Com Agência Estado)

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