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21 metralhadoras do Exército são furtadas do arsenal de base militar em Barueri, Grande SP; 13 delas podem derrubar aeronaves
Foto: Reprodução
Brasil/Mundo

21 metralhadoras do Exército são furtadas do arsenal de base militar em Barueri, Grande SP; 13 delas podem derrubar aeronaves

G1

Comando Militar do Sudeste confirmou furto de 13 metralhadoras .50 e outras 8 calibre 7,62 do Arsenal de Guerra do Exército. Sumiço foi verificado terça (10) durante inspeção. Segundo militares, armas são 'inservíveis' e não funcionam. Caso é apurado pela corporação.

O Exército brasileiro confirmou nesta sexta-feira (13) o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre que estavam dentro da sua base militar em Barueri, na Grande São Paulo.

De acordo com a corporação, durante inspeção realizada na última terça-feira (10) no seu Arsenal de Guerra, os militares notaram o sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e de outras 8 metralhadoras calibre 7,62. As metralhadoras .50 são conhecidas por terem poder de fogo e alcance para derrubar até aeronaves.

Por meio de nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que todas as armas levadas são "inservíveis", ou seja, não funcionavam, e passariam por manutenção. Além disso, o Exército informou que irá apurar internamente o que ocorreu por meio de um inquérito policial militar (leia abaixo a íntegra da nota).

De acordo com os jornais Notícias de Barueri e Metrópoles, militares que trabalham num paiol onde as armas furtadas estavam não podem voltar para casa após o desaparecimento do arsenal. Questionado pelo g1, o Exército não confirmou essas informações.

O que diz o Exército

Metralhadoras calibre .50, como a que aparecem na foto acima já foram apreendidas antes pela polícia. Arma costuma ser usada por quadrilhas de criminosos em ataques a caixas eletrônicos — Foto: reprodução/TV Globo

Metralhadoras calibre .50, como a que aparecem na foto acima já foram apreendidas antes pela polícia. Arma costuma ser usada por quadrilhas de criminosos em ataques a caixas eletrônicos — Foto: reprodução/TV Globo

"Acerca do e-mail enviado, o Comando Militar do Sudeste informa que a investigação está em curso por meio de um inquérito policial militar e, em relação ao público interno, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) segue os procedimentos previstos para o caso", informa nota divulgada pelo CMSE, por meio de sua assessoria de imprensa.

Depois que o g1 voltou a questionar o Exército, pedindo mais detalhes do que ocorreu, ele encaminhou um novo comunicado à reportagem:

"O Comando Militar do Sudeste informa que, no dia 10 de outubro de 2023, em uma inspeção do Arsenal de Guerra de São Paulo, foi verificada uma discrepância no controle de 13 (treze) metralhadoras calibre.50 e 8 (oito) de calibre 7,62, armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção. Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar.

Metralhadora .50, de uso restrito das Forças Armadas — Foto: Arte g1

Metralhadora .50, de uso restrito das Forças Armadas — Foto: Arte g1

Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado internamente pelo Exército. E de que não havia nenhum registro policial dele em qualquer delegacia da cidade.

O g1 também pediu posicionamento ao Ministério da Defesa, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Metralhadoras como os modelos furtados do Exército em Barueri costumam ser desviadas e usadas por criminosos em ataques a carros-fortes e roubos a bancos no país. Esse tipo de arma é de uso restrito do Exército brasileiro.

Imagem aérea mostra estrutura do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri — Foto: Reprodução/Exército brasileiro

Imagem aérea mostra estrutura do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri — Foto: Reprodução/Exército brasileiro

G1

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