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2° suspeito de execução de ex-delegado de SP é identificado
Divulgação/PCSP
Brasil/Mundo

2° suspeito de execução de ex-delegado de SP é identificado

Ig

Secretário Guilherme Derrite informou que prisões temporárias serão pedidas contra dois envolvidos no crime em Praia Grande

A Polícia Civil de São Paulo identificou um segundo suspeito de participação na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na tarde de segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista.

  • ENTENDA O CASO:  Delegado Ruy Ferraz Fontes é assassinado em Praia Grande (SP)

  • A informação foi confirmada nesta terça-feira (16) pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite (PP).

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    “Já identificamos um segundo indivíduo que participou do assassinato do dr Ruy Ferraz Fontes, após um trabalho de perícia no local. Vamos solicitar a prisão temporária dos dois já identificados. Seguimos com todas as polícias empenhadas nesse caso, para que os culpados sejam punidos”, declarou o secretário em publicação nas redes sociais.

Fontes, de 64 anos, foi alvo de uma emboscada após deixar a prefeitura de Praia Grande, onde exercia desde janeiro de 2023 o cargo de secretário de Administração.

O carro em que estava foi perseguido, atingido por mais de 20 disparos de fuzil, colidiu com um ônibus e capotou. O ex-delegado morreu no local.

O primeiro suspeito havia sido anunciado por Derrite durante o velório de Fontes na Assembleia Legislativa de São Paulo, também nesta terça.

A identificação foi possível a partir de impressões digitais encontradas em um Jeep Renegade usado na ação criminosa, que não foi incendiado pelos executores.

De acordo com a investigação, o homem tem extensa ficha criminal, com quatro prisões anteriores — duas por tráfico de drogas e duas por roubo —, além de histórico como adolescente infrator.  A Polícia Civil solicitará prisão temporária contra ele e o segundo suspeito identificado.

As apurações indicam que pelo menos cinco a seis pessoas participaram da execução. Outro veículo, uma Hilux, foi usado no crime e encontrado incendiado em seguida.

Força-tarefa e sua investigação

Ruy Ferraz Fontes dedicou mais de 40 anos de carreira à Polícia Civil

Divulgação/PCSPRuy Ferraz Fontes dedicou mais de 40 anos de carreira à Polícia Civil

A força-tarefa investiga ainda possível envolvimento de policiais militares afastados e de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio Costa de Oliveira, classificou o homicídio como vingança e lembrou que Fontes vinha sofrendo ameaças desde 2019, após a prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.

Ao longo da carreira, o ex-delegado também escapou de outras emboscadas, entre 2010 e 2022, em algumas delas com troca de tiros.

As linhas de investigação consideram duas hipóteses principais: represália do crime organizado ou reação a medidas de fiscalização aplicadas por Fontes em Praia Grande, especialmente em relação à orla e a atividades irregulares.

A força-tarefa montada para o caso reúne a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Praia Grande, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o Gaeco, braço do Ministério Público voltado ao combate ao crime organizado.

O sepultamento de Fontes ocorreu na tarde desta terça-feira no Cemitério da Paz, em São Paulo. Pela manhã, o velório foi realizado na Alesp, com a presença de autoridades da segurança pública.

O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo) manifestou pesar e cobrou mais proteção a policiais.

Ig

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